Política Titulo Ribeirão Pires
Para Roncon, número de comissionados é ‘razoável’
Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/12/2019 | 06:06
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Celso Luiz/DGABC


Prefeito em exercício de Ribeirão Pires, Gabriel Roncon (PTB) avaliou que o número de funcionários comissionados que atuam na Prefeitura “é razoável” e que eles têm importância para a municipalidade.

Nesta semana, o Diário mostrou que quase 10% do orçamento de 2019 da Prefeitura de Ribeirão foi destinado a pagar o salário de 398 cargos ocupados por apadrinhados do prefeito da cidade – que está de férias até o dia 18 de dezembro – Adler Kiko Teixeira (PSB).

Dos pouco mais de R$ 360 milhões aprovados em 2018 para o exercício de 2019, Ribeirão despendeu R$ 27,4 milhões ao ano para pagar comissionados, efetivos em cargos de comissão e secretários, o que corresponde a 7,6% do total da receita.

A equipe do Diário se baseou em requerimento de informações formulado pelo vereador de oposição Humberto D’Orto, o Amigão (PTC), com data de 14 de novembro de 2019.

“Se você analisar todo o cenário da Prefeitura, a gente tem muitos cargos em concurso e a gente tem um percentual razoável de cargos em comissão”, declarou Roncon.

Ao todo, por ano, a Prefeitura de Ribeirão Pires aporta R$ 170,9 milhões com o funcionalismo público, o que representa 47% de toda arrecadação para pagamento de servidores públicos.

Roncon acredita que, se comparado com outras prefeituras, o percentual de comissionados pode ser encarado como “normal”. Ribeirão Pires tem 123.393 habitantes, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), portanto, há um funcionário público para cada 32 ribeirão-pirenses. Em Santo André, a proporção é mais do que o dobro, e cada servidor representa 76 moradores da cidade.

“Obviamente existe debate, existem conversas, mas a gente entende que são importantes esses cargos de confiança para fazer a celeridade da prefeitura”, sustentou o petebista.

A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que o município invista até 54% da receita corrente líquida com a folha de pagamento. Se estourar esse índice, o gestor corre risco de responder por improbidade administrativa.  




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