A Prefeitura de Ribeirão Pires está instalando segregadores no trecho da Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) próximo à linha férrea, em Ouro Fino Paulista. Com investimento municipal de R$ 48 mil, a intervenção inviabiliza converções proibidas, tais como o retorno e ultrapassagem de veículos na faixa contínua. A previsão é que a obra seja concluída até amanhã.

Na avaliação de comerciantes locais e motoristas, a mudança dá mais segurança a quem circula pela via, que já foi conhecida como ‘Estrada da Morte’ em razão dos altos índices de óbitos – entre 2015 e 2018, foram 30 vítimas, de acordo com dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). “Com certeza vai melhorar a situação porque vai diminuir os riscos que tinham quando alguém atravessava na faixa contínua”, avaliou Felipe de Moura Cruz, 33 anos, comerciante local. 

Mesma opinião é compartilhada por Elisa Cardenuto, 58, proprietária de banca de jornal próxima à rodovia. “As pessoas entravam na contramão para evitar o retorno e, inclusive, (o trecho com segregadores) deveria ser estendido, já que o perigo continua em outros trechos.”

Entretanto, o segurança Sales Oliveira, 52, e Ana Maria Carvalho, 62, que trabalha em lanchonete na via, criticam a distância entre os retornos na rodovia. “Se você precisa passar para o outro lado, precisa dirigir por, pelo menos, mais três quilômetros. É muito longe e pode prejudicar os comércios”, observou Oliveira.

Paralelamente, a MRS Logística fez a troca de cancelas nas vias férreas. O DER (Departamento de Estradas e Rodagem) está fazendo recapeamento do asfalto da rodovia, além de revitalização da sinalização entre os km 33,1 e km 70,3 – beneficiando os municípios de Santo André, São Bernardo, Ribeirão Pires e Suzano. A ação do governo do Estado integra pacote de obras na Rodovia Índio Tibiriçá com aporte de R$ 19 milhões, anunciado em julho pelo governador João Doria (PSDB). A estrada liga São Bernardo a Suzano e possui trecho em Santo André, além de Ribeirão Pires. A previsão é que as melhorias sejam entregues em 2020.

Moradores e comerciantes do entorno afirmaram que a rodovia e sinalização carecem de manutenção há pelo menos cinco anos. “Pagamos impostos altos e os carros acabam estragando por causa de tantos buracos”, apontou Elisa. “É preciso fazer a manutenção e fazer direito, senão, pode ser que isso (as intervenções) não valha de nada”, adicionou Ana Maria.