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Comissões de fábrica sofrem com a desunião
24/07/2006 | 08:07
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Criadas para servir de instrumento dos trabalhadores na defesa do emprego e na organização no trabalho, as comissões de fábrica completaram, na sexta-feira, 25 anos. A data coincide com o momento em que o plano de reestruturação anunciado pela Volkswagen provocou um grande racha entre os metalúrgicos da montadora em São Bernardo e Taubaté (SP), todos filiados à CUT.

Unidos desde o início de maio, quando a VW revelou que cortaria de 4 a 6 mil trabalhadores no país, os sindicatos romperam na semana passada, depois que funcionários de Taubaté aceitaram acordo com corte de pessoal e de benefícios, em troca de investimentos. A decisão desagradou os metalúrgicos do ABC, que querem condições melhores. “A negociação em Taubaté quebrou a união entre os trabalhadores”, diz o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo, ex-integrante da Comissão de Fábrica da Ford eleita em 1981, a primeira do país.

A falta de unidade no movimento sindical sempre foi grande obstáculo à constituição de comissões de fábrica. Por falta de consenso no movimento sindical, o objetivo de expandir a organização a outros estados está parada, diz Cláudio Dedecca, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp. Para ele, o problema é que, numa estratégia de busca da sobrevivência, é relevante aquilo que for do interesse particular, em detrimento do coletivo.



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