Setecidades Titulo Contagem
Crescimento populacional no Grande ABC segue estável

Estimativa do IBGE, divulgada ontem, aponta que nas sete cidades vivem 2.789.871 pessoas

Aline Melo
do Diário do Grande ABC
29/08/2019 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Grande ABC tem 2.789.871 moradores nas sete cidades. O dado foi divulgado na manhã de ontem e obedece ao artigo 102 da lei número 8.443/1992 e à lei complementar 143/2013. Na comparação com a estimativa de 2018, a região registrou crescimento de 0,66% (veja dados na tabela ao lado). Segundo especialistas, a exemplo do que foi verificado em São Paulo e em outras cidades da Região Metropolitana, o Grande ABC apresenta taxa de crescimento estável. A variação na região foi inferior à nacional. Em todo o País, o crescimento foi de 0,79%.

O diretor do Inpes (Instituto de Pesquisa) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Leandro Prearo, lembrou que, devido a fatores socioeconômicos, a taxa de crescimento do Grande ABC já é uma das mais baixas do País. O diretor também afirmou que a região encontrou um “ponto de resistência” no crescimento populacional, apresentando índices muito semelhantes nos últimos anos. Em 2018, o crescimento também foi de 0,66%.

Prearo explicou que o tripé do aumento populacional é migração, fertilidade e longevidade. “Migração não é mais uma questão muito forte na nossa região. Com a natalidade em queda e o aumento da expectativa de vida, temos dois indicadores, cada um ‘puxando para um lado’, e esse ponto de estagnação”, pontuou.

Na avaliação de Prearo, com a continuidade da queda na taxa de natalidade e o envelhecimento da população – segundo a Fundação Seade, em 2050 a população da região será formada por 30% de idosos – em 30 anos, a região terá uma taxa de crescimento negativa. “As consequências serão maior demanda de políticas para idosos e pressão nos recursos da Previdência”, previu.

O Diário mostrou, em 15 de agosto, que o total de nascimentos registrou queda de 10,15% em dez anos. Foram 36.867 novas certidões emitidas em 2008 e 33.471 em 2018, de acordo com dados da Arpen (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo).

O analista socioeconômico do IBGE Jefferson Mariano destacou que a queda na taxa de natalidade é um dos principais fatores para o crescimento moderado da população. “É preciso destacar que esses números são estimativas, que serão atualizados de maneira mais fina com a realização do próximo Censo, em 2020”, pontuou.

“Os dados de registro civil e a melhoria geral dos registros disponíveis (mortalidade, nascimentos e migrações) nos permitem chegar a números muito próximos da realidade. E a queda nos nascimentos é o principal deles”, concluiu.

Entre as cidades do Grande ABC, a exemplo do ano passado, Rio Grande da Serra apresentou a maior taxa de crescimento, 1,20% (605 moradores a mais). “Existe uma grande relação do nível socieconômico das pessoas com os nascimentos. Dessa forma, é natural que em municípios e áreas mais pobres ainda haja uma taxa de natalidade relativamente mais alta”, justificou Jefferson Mariano. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;