O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), admitiu que vai refazer trechos do edital internacional para contratação de empresa para duplicar o Viaduto Adib Chammas, que liga o Centro da cidade à região da Vila Curuçá. Nesta semana, terminou prazo de apresentação de propostas e nenhuma firma se interessou pelo processo licitatório. Também disse que, apesar desse entrave, não haverá atraso no cronograma da obra.

“É um edital com regras internacionais, não é algo comum, há trechos diferentes do que fala a Lei 8.666 (Lei de Licitações). Além disso, o processo foi aberto em período de fim de ano, com Natal e Ano-Novo (o certame foi à rua no dia 12 de dezembro). Conversamos com o banco e vamos refazer. Não haverá atraso na obra”, assegurou Paulo Serra, se referindo ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que emprestará R$ 14,035 milhões para execução da obra.

A construção da segunda alça de acesso do viaduto integra o Programa Mobilidade Urbana Sustentável, avalizado pelo BID. No total, o contrato de empréstimo com o banco envolve o montante de US$ 25 milhões (R$ 93,8 milhões, na cotação de ontem), incluindo também revitalização do Viaduto Castelo Branco, com duas alças de acesso em formato de ‘X’ no trevo sobre a Avenida dos Estados, na altura do bairro Santa Terezinha, além de abranger ações em corredores de ônibus.

Por nota, a administração confirmou que o edital passará por análise, ainda sem prazo de conclusão desse trabalho. “Tão logo seja finalizada a revisão será reiniciado o processo licitatório. Não haverá alteração no prazo de entrega da obra, que permanece sendo de 18 meses após a assinatura do contrato, conforme previsto no edital inicial.”

A execução de faixas adicionais constava no projeto original do viaduto, inaugurado em 1981 e ainda hoje inacabado. Pelas regras do BID, o governo tem até 2023 para concluir as obras do pacote de investimento solicitado.