Palavra do Leitor Titulo
Vivendo à vista

Costumo dizer que a sociedade brasileira vive grande mal atualmente, o famoso ‘quanto cabe no bolso'. Enquanto as parcelas...

Dgabc
25/09/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

Vivendo à vista

Costumo dizer que a sociedade brasileira vive grande mal atualmente, o famoso ‘quanto cabe no bolso'. Enquanto as parcelas do financiamento do carro, adquirido em 60 vezes iguais, da compra de roupa, dividida em três vezes no cartão de crédito, estiverem dentro da programação mensal de gastos, o indivíduo vai continuar comprando em suaves prestações. Ele só para quando essas suaves parcelas, de tudo o que foi comprado, compromete o pagamento das contas - e alguns, ainda assim, continuam comprando indiscriminadamente.

Comprar à vista além de ser mais vantajoso significa não pagar juros mais altos embutidos nas parcelas dos produtos ou serviços. Quando compramos a prazo não percebemos que estamos adquirindo também os juros ruins. Pode parecer estranho, mas juros ruins são aqueles que não geram nenhum tipo de renda para nós e que estão presentes em dívidas. Existem também os juros bons, que recebemos como resultado de nossas aplicações financeiras e que nos geram receita.

Quando compramos a prazo, se somarmos o total de juros embutidos nas parcelas, no fim da dívida poderíamos ter comprado dois produtos, ao invés de somente um. Um dos grandes vilões do orçamento e gerador de parcelas é o cartão de crédito. A ilusão de compra a longo prazo esconde juros altos, que comprometem seriamente o orçamento.

Quando surgir a vontade de comprar algo a prazo, é sempre bom lembrar algumas perguntas. Preciso realmente deste bem? Tenho necessidade deste produto neste momento? E a mais importante de todas: qual é minha capacidade de pagamento, ou seja, vou conseguir honrar o compromisso de pagamento, sem comprometer minhas necessidades básicas?

Como educador financeiro, gostaria de fazer proposta para esses compradores ‘de parcelas e juros': viver durante um ano à vista. Ou seja, não comprar nada a prazo, somente à vista. Se a pessoa consegue fazer planejamento financeiro para se endividar, para saber quantas parcelas cabem no seu orçamento, também consegue fazer o mesmo para não se endividar, para saber o quanto pode gastar durante o mês sem fazer dívida.

E se isso é possível, passa a ser viável também incluir nesse planejamento percentual mensal para investimentos, com objetivos definidos, como a formação de poupança para o pagamento à vista de uma viagem, curso ou até mesmo para a aposentadoria. Está lançado o desafio!

Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro e escritor.

Palavra do Leitor

Viação Vaz

Como usuário de transporte público, em especial da Linha I06 da Viação Vaz, que tem como itinerário Jardim Bom Pastor à Estação Utinga, relato descontentamento ao mau serviço prestado por essa empresa. No dia 17, das 13h45 às 14h03 passaram três ônibus Linha B51 Jardim Oriental, que é um absurdo! Quando o ônibus que eu esperava veio percebi que apresentava problemas na embreagem, veículo de prefixo 02696. No dia 19, tive a infelicidade de pegar o mesmo ônibus, que quebrou ao chegar na Avenida Atlântica. E quebrou de novo, desta vez na Rua das Monções. Parece-me que essa empresa não está se importando com os passageiros, pois não há manutenção nos veículos da frota. Há de se salientar também que não tem veículos com entrada para pessoas cadeirantes. Já que estamos em época eleitoral é bom que os candidatos coloquem em seus planos de governo essa questão.

Edson Ferreira dos Santos, Santo André

Hollywood

Nós, moradores do Jardim Hollywood, em São Bernardo, não aguentamos mais perder o sono por causa da incompetência das autoridades e da falta de educação das pessoas. Atrás do Ginásio Poliesportivo existe a Rua São Paulo, que é usada pela construtora da UFABC, mas que também dá acesso a uma área que durante o dia é utilizada pelas pessoas para prática de atividades físicas e de lazer, mas que à noite serve para o encontro de carros, que ficam com o som alto até o dia seguinte, e de motos, empinadas por seus donos. Também tem o consumo de álcool e outras coisas. A polícia já foi acionada várias vezes, mas não resolveu! Queremos que a Prefeitura tome atitude e feche o acesso ao local à noite, para evitar esses transtornos, causados por um bando de desocupados.

Maria Carmen Monteiro, São Bernardo

Braveza

Ministro Guido Mantega, por que o senhor não adota o mesmo rigor de suas acusações comerciais com os Estados Unidos também com a nossa vizinha Argentina? Os exportadores brasileiros de calçados para os hermanos, por exemplo, são prejudicados todo ano. E o silêncio impera em Brasília! Será que trocar acusações com os Estados Unidos dá mais notoriedade?

Edgard Gobbi, Campinas (SP)

Resposta

Em resposta à carta da leitora Kioko Sakata (UBS Alves Dias, dia 21), a Prefeitura de São Bernardo esclarece que o relatado pela munícipe não é o tempo médio de espera para consulta agendada, visto que as consultas marcadas com antecedência são reservadas para quatro pacientes em cada bloco de uma hora. Ou seja, o paciente pode ser atendido de imediato ou aguardar, no máximo, 45 minutos para atendimento. A munícipe afirma ainda que passou na Unidade Básica de Saúde no dia 13 e ficou três horas aguardando a retirada de receitas médicas. No prontuário da paciente consta que ela passou pelo psiquiatra nesse dia, mas não há registro de retirada de medicamentos na farmácia da unidade. Por fim, dona Kioko elogia a reforma da unidade, cita as ‘cadeiras novas, computadores e armários novos, uma beleza', mas diz que é ‘material barato'. Ao contrário, a Prefeitura garante que todo o mobiliário, computadores e equipamentos médicos são de primeira qualidade. Em todo caso, a gerência da UBS Alves Dias coloca-se à disposição da usuária para mais esclarecimentos.

Prefeitura de São Bernardo

Faxineiros

A faxineira Dilma Rousseff fez uma ‘faxinazinha' com espanador; os faxinados não foram para a cadeia, não devolveram a grana nem foram abertos procesos; ela só trocou as ‘moscas' e os cargos ficaram com os partidos respectivos. Mas no Supremo Tribunal Federal há nove faxineiros autênticos, que estão removendo a sujeira que encontram e a enviando para reciclagem. Presidente, como são necessárias as constantes faxinas na política, sugiro que as envie para o Judiciário.

Mário A. Dente, Capital




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;