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Mais do som afrodisíaco de Sade Adu
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
15/02/2010 | 07:04
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Divulgação


Numa rápida olhada por fóruns genéricos de música, a banda Sade ocupa com facilidade o pódio das melhores trilhas sonoras para se ouvir a dois, se é que entendem. Esse status permaneceu mesmo que o grupo britânico, liderado pela vocalista nigeriana Sade Adu, tenha permanecido quase dez anos sem apresentar um disco de inéditas aos fãs. O último foi Lover's Rock (2000). Com o novo Soldier of Love (Sony Music, preço sob consulta), já disponível nas lojas, o grupo reforça esse repertório afrodisíaco, embora sem o mesmo impacto saboreado nos anos 1980.

Sade, Stuart Matthewman (guitarra e sax), Andrew Hale (teclado) e Paul Spencer Denman (baixo) realmente pouco surpreendem com o novo trabalho após essa década de jejum.

A experiência dos músicos, porém, garante que o disco - o sexto em estúdio do Sade - não seja totalmente sem alma como alguns críticos sugeriram. A receita permanece intacta, mas o trio continua inspirado na hora de compor baladas como a abertura The Moon and the Sky e Babyfather.

As letras, escritas pela líder, também continuam soando românticas até os ossos. ("Sou um soldado do amor/ Dia e noite/Sou um soldado do amor/Todos os dias da minha vida", exprime a faixa-título).

O tema principal da maioria das canções, porém, encontra o lamento de separações, brigas e abandonos. ("Agora que eu comecei/ A lavar você da minha pele/ Eu vou arrancar você/ Porque não é certo você estar aqui dentro", diz em Skin). O tom permanece em Morning Bird, Be That Easy

Não que seja possível afirmar com certeza que as confissões sejam biográficas. As últimas notícias davam conta de que ela continuava morando com o produtor jamaicano Bob Morgan, com quem tem uma filha de 14 anos.

Apesar do rosto liso - e ainda de expressão indecifrável - a vocalista completou 51 anos em janeiro. Em 2010 ela comemora também três décadas de atividades - grande parte ao lado do trio. Foi com Matthewman, Hale e Denmam quem formou, no início da carreira, a Pride, banda que se inspirava na sonoridade latina e que lhes rendeu o passaporte para o mainstream com o hit Smooth Operator.




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