Ontem se completaram 15 anos da partida do engenheiro e empresário Salvador Arena, criador da Termomecânica e da fundação que leva o seu nome e que presta relevantes serviços sociais e educacionais, em especial à infância e juventude. Hoje será celebrada uma missa em sua memória.

A comunidade de São Bernardo, do empresário ao trabalhador, do mundo político às comunidades mais carentes, conheceu bem ou ouviu falar de Salvador Arena. Ele vivia para o trabalho e pelas causas sociais. Um ser humano avançado para o seu tempo.

Uma das histórias contadas: sabedor que uma parcela significativa do operariado gostava de um aperitivo antes das refeições, o restaurante da fábrica, na Avenida Caminho do Mar, servia o aperitivo, evitando que o trabalhador deixasse a empresa e passasse da conta nos bares que rodeiam a fábrica.

Com o gesto, ao mesmo tempo ele agradava o empregado e controlava o consumo de álcool.

Greve na Termomecânica? Nem pensar. Salvador Arena antecipava-se ao movimento sindical, oferecia boas condições de trabalho e de remuneração, garantia a produção. E se a greve fosse geral, ele permitia a paralisação, evitando a queda de braço entre o capital e o trabalho.

Oferecer ao trabalhador e ao filho do trabalhador os princípios salutares por ele adotado era uma das suas marcas. E quando a Fundação Salvador Arena foi criada, com modernas instalações na Estrada dos Alvarenga, o empresário passou a formar bons profissionais, para a sua fábrica e para as demais, numa ação que persiste como seu legado maior às atuais gerações.

Anos atrás, Salvador Arena, que evitava entrevistas, concordou em conversar com a jornalista Elianete Simões, do Diário, com a condição de que a profissional não anotasse ou gravasse em aparelho eletrônico a sua fala. Seria uma boa conversa, do entrevistado com a entrevistadora. Depois, a repórter escreveria sua matéria, destacando os pontos que considerasse relevante.

Elianete retornou à Redação, com todas as informações gravadas na memória, e produziu uma página inteira com os pontos de vista de Arena, numa linguagem intocável e que se constitui em receita para o bom jornalismo.

Lá atrás, anos 1970, Salvador Arena foi homenageado com o título de cidadão São-Bernardense. Na data da homenagem, compareceu à Câmara e ofereceu, ele próprio, um presente à cidade por ele adotada, o poema São Bernardo, Minha Namorada: "Foste feita direitinha para mim; não usas, naturalmente, perfume francês, mas o cheiro dos vernizes e das tintas faz pensar em coisas novas, em coisas bonitas".

Salvador Arena (Trípoli, 12-1-1915 - São Bernardo 28-1-1998) está sepultado no Cemitério de Vila Euclides.

MISSA EM MEMÓRIA DE SALVADOR ARENA
Hoje, terça 29, às 19h.
Igreja: São João Batista, a Matriz de Rudge Ramos

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sábado, 29 de janeiro de 1983 - nº 5.121
Manchete - Metalúrgicos do Grande ABC, Itu, Santa Bárbara d'Oeste e São José dos Campos aprovam os 42 itens da campanha salarial. Entre eles, estabilidade no emprego e reajuste mensal automático de trabalho de acordo com o índice do custo de vida.
Diadema - Estrada de Piraporinha necessita de dez passarelas no trecho de dez quilômetros que corta a cidade.
Ribeirão Pires - Inaugrada ntem a Emei de Vila Suely.
Esportes - Grande ABC garante oito títulos nos Jogos Abertos do Interior, em Rio Claro.

EM 29 DE JANEIRO DE...
1838 - João Barbosa Ortiz deixa o cargo de subprefeito de São Bernardo, com a desativação do cargo em toda a Província de São Paulo.
1878 - Pela primeira vez o jornal A Província de S. Paulo, hoje O Estado de S. Paulo, fala em telefone. A notícia saiu assim: "Comunica-nos o agente da casa do Rei dos Mágicos, Ribeiro Chaves & Cia., que brevemente far-se-á uma experiência entre as estações da Luz e do Brás, utilizando para esse fim o fio telegráfico existente".
1938 - Casam-se os professores Evandro Caiaffa Esquivel e Silvia Ramos Esquivel, que em 1939 vieram para a região e aqui adquiriram terras no atual município de Diadema. Evandro e Silvia foram autonomistas de Diadema, ele o primeiro prefeito e ela historiadora.

SANTOS DO DIA 
Aquilino, Bambina, Constâncio, Gildas, Sulpício Severo (estampa) e Valério de Treviri.
Fonte - Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2013.
Nossa Senhora Coroação no Céu - Para encerrar o Ano Santo de 1954, decretado pelo papa Pio XII para celebrar o primeiro centenário do dogma da Imaculada Conceição, o Santo Padre escreveu a encíclica Ad caeli Reginam sobre a realeza de Maria e instituiu para toda a Igreja a festa de Nossa Senhora Rainha.
Na Igreja há dois tipos de culto: o de latria e o de dulia. O culto de latria é o culto de adoração, prestado somente a Deus, como supremo Senhor de toda vida e de todo o universo, confessando que absolutamente tudo depende dele.
Fonte - Paróquia Santíssima Virgem, Jardim do Mar, São Bernardo. Pesquisa e reprodução fotográfica: Tom Lima.

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ
Letícia Beatriz Aguilar Santa Cruz Pezzolo (Guatemala, 15-4-1925). Casada com o ex-prefeito Antonio Pezzolo, foi primeira dama de Santo André entre 1973 e 1977. Faleceu domingo e foi sepultada ontem no Cemitério da Saudade, em Vila Assunção. Era viúva e deixa três filhas: Virginia, Letícia e Júlia.

SÃO BERNARDO
Antonio Domenech (Penápolis, SP, 20-5-1933). Um dos mais antigos farmacêuticos de São Bernardo, tendo aqui chegado em 1956, montando a Farmácia Popular, na Rua Marechal Deodoro. Depois teve farmácia em Santo André, São Caetano e Vila São José, em São Bernardo. Atualmente mantinha farmácia em Riacho Grande, onde residia. Morreu sábado e seu corpo foi cremado na Vila Alpina. Deixa o filho Marcos Antonio, a neta Letícia, as irmãs Maria, Natalina, Jesuína e Darci e a companheira Therezinha, com quem vivia há 26 anos.
Tranquila Joana Pessoni Medici (São Bernardo, 10-4-1928). Descendente de imigrantes italianos que fundaram o Núcleo Colonial de São Bernardo, tendo nascido na Linha São Bernardo Novo, no Montanhão. Residia na Chácara Centenário, por ela formada em companhia do marido, o memorialista Albino Medici. Morreu domingo e foi sepultada ontem no Cemitério de Vila Euclides. Deixa os filhos Alberto, Cecília, Pedro, Paulo e Ângela.
Carolina Mologni Luiz, 87. Natural de Catanduva (SP). Dia 25. Cemitério do Baeta.
Joana Leite Sales, 87. Natural de Januária (MG). Dia 27. Cemitério Municipal de Januária.
Geralda Batista da Silva, 85. Natural de Conceição da Pedra (MG). Dia 26. Jardim da Colina. 
Isabel Vitória da Silva, 83. Natural de Riachão do Jacuipe (BA). Dia 27. Cemitério de Pirituba (BA).

DIADEMA
José de Assis Barbosa, 63. Natural de Monjolos (MG). Dia 26, em São Bernardo. Cemitério Municipal.

MAUÁ
Jandyra Queiroz Costa, 77. Natural de Santo Antonio da Alegria (SP). Dia 25, em São Bernardo. Parque ABC.

RIBEIRÃO PIRES
Chicralla Chiedde (Ribeirão Pires, 27-1-1925). Ex-vereador de Ribeirão Pires. Era filho de Abdalla Chiedde e Nephagi Chiedde. Os pais eram naturais da Síria. Faleceu sexta-feira. Está sepultado no Cemitério São José, da sua cidade. Deixa a esposa Leila Luassalli Chiedde e os filhos Sandra e Abdalla.
Marcelina da Piedade Rodrigues, 84. Natural de Miranda do Corvo, Lisboa, Portugal. Dia 27. Cemitério São José
Clodoaldo Frederico Horn, 81. Natural de São Paulo (SP). Dia 25. Cemitério São José.
José Carlos dos Santos, 67. Natural de Sergipe. Dia 26, em São Bernardo. Cemitério São José.
Sebastiana Francisca de Paula Cruz, 40. Natural de São Paulo (SP). Dia 25. Cemitério São João Batista, Suzano.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4330-4527; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.