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Bancada do PT de Diadema vai contra diretório e promete endurecer debate sobre eleição da Câmara

Veto da cúpula petista à escolha ao nome de Pretinho não foi bem recebido por vereadores

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
29/11/2016 | 07:01
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O posicionamento do diretório do PT de Diadema em vetar articulação feita pela bancada do partido na Câmara para se unir a governistas e eleger Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho (DEM), vice-presidente do Água Santa, não foi bem recebido pelos vereadores e um clima de racha se instaurou internamente. Os nomes da legenda para a próxima legislatura, Ronaldo Lacerda, Orlando Vitoriano e Josa Queiroz, asseguram respeitar hierarquia do partido, mas prometem endurecer o debate, defendendo ser um dos caminhos de atrapalhar os planos de governabilidade do prefeito reeleito Lauro Michels (PV), que vislumbra ver o primo Marcos Michels (PSB) como presidente da Casa.

No início deste mês, o Diário revelou que bloco eleito na coalizão de Lauro do DEM, PPS e PEN – composto por Salek Almeida (DEM), Audair Leonel (PPS), Companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS), Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha (PPS) – se juntou aos nomes do PT, PRB e PR, todos da oposição, para determinar próxima mesa diretora da Câmara. A junção dos blocos reúne 12 dos 21 votos possíveis. “A bancada tem feito a discussão buscando o melhor em representatividade. O diretório tem a sua importância e respeitamos, mas o debate precisa ser aprofundado”, destacou Vitoriano.

Há duas semanas, o vice-presidente do PT, o ex-vice-prefeito Joel Fonseca, condenou a articulação dos parlamentares petistas, justificando que as tratativas fugiram das orientações do diretório. “Acho arriscado (se aliar à parte governista). Não vejo como consistente lançar uma candidatura que tenha vereadores que se elegeram levantando a bandeira da reeleição do atual governo. Até porque o governo terá força e, quando entrar na discussão, tem condições de reverter tudo que está construído agora. É política suicida do partido fazer esse tipo de aliança porque tanto DEM quanto PPS estão no governo. Entrar em projeto inconsistente, como esse, pode atrapalhar (a reconstrução do PT em Diadema)”, disse Joel, na ocasião.

Na eleição de outubro, os petistas tiveram como prefeiturável o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, enquanto o PRB apostou no também parlamentar Vaguinho do Conselho, que foi para o segundo turno e contou com apoio do PT. “Foi deselegante esse manifesto do diretório por meio da imprensa. Internamente não procuraram a bancada, que tem a sua importância e precisa ser respeitada. Não há atropelo ou desrespeito de nossa parte, mas não se pode impor um posicionamento ideológico sem conhecer como está sendo feita a formatação do Parlamento”, criticou Josa. 




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