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Pai de dentista morta não acredita em justiça

Aumento da pena de acusados pelo crime de Cinthya Magaly Moutinho de Souza não traz alívio à família

Por Yara Ferraz
17/08/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/Arquivo DGABC


Dois anos após o assassinato da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, em São Bernardo, o pai da vítima, Viriato Gomes de Souza, 72, afirma que não acredita no sistema penitenciário brasileiro. A declaração, feita com exclusividade ao Diário, mostra a revolta do ainda morador do Jardim Hollywood com o crime brutal que tirou a vida de sua filha em 2013, embora a Justiça tenha aumentado a pena de três responsáveis pelo assassinato na última semana.

“Tenho certeza de que daqui dez anos eles vão estar soltos. Acho que o maior crime é soltar essas pessoas sem escrúpulos na rua. Eles vão continuar a destruir famílias, como fizeram com a minha”, acredita.

Na terça-feira, a nona Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou que aumentou a pena de Thiago de Jesus Pereira, 27, e Victor Miguel Souza Silva, 26, para 44 anos e 5 meses de reclusão e pagamento de 39 dias-multa ante os 37 anos e 6 meses aplicados em maio de 2014. Já a punição de Jonatas Cassiano Araújo passou de 36 anos de reclusão para 43 anos e 2 meses, além de 39 dias-multa. Todos foram condenados pelos crimes de roubo, extorsão, latrocínio e formação de quadrilha, sendo que as penas devem ser cumpridas em regime fechado.

Souza afirmou que não acredita que o aumento da pena signifique que o trio passe mais tempo preso. Ele também disse que a medida não traz nenhum tipo de alívio a família. “E a vida segue sem ter certeza de que eles vão pagar pelo que fizeram”, diz.<EM>

Na época, Cinthya, que trabalhava em um consultório na casa da família, foi amarrada e queimada viva, quando os criminosos verificaram saldo de apenas R$ 30 em sua conta bancária.

Um outro participante do crime era menor na época. Jonathan Carlos Souza, 18, passou um ano na Fundação Cassa e é suspeito de participar de assassinato de Vanair Rodrigues de Faria Butinhão, 52, que voltava da igreja com o marido, o policial aposentado Claldemir Butinhão, 48, em maio</CF>, no bairro Pauliceia.




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