Os imóveis prontos de São Caetano apresentaram aceleração na valorização em novembro, de 0,53% contra 0,17% em outubro, e garantiram a segunda posição no Estado com o preço mais caro do metro quadrado. No município da região, a média para essas unidades custava R$ 5.543, atrás apenas da Capital, com R$ 8.323. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), junto ao site ZapImóveis, divulgaram ontem as informações, por meio do Índice FipeZap.

Em relação à média nacional, com base em 20 cidades analisadas pela Fipe, de R$ 7.510, o preço do m² em São Caetano ficou abaixo. Mas aparece em sétimo lugar no ranking das metragens mais cara no País.

A cidade do Rio de Janeiro, no mês passado, apresentou o metro quadrado mais caro do recorte do índice, com R$ 10.847, seguida pela Capital e por Brasília, que em terceiro lugar registrou média de R$ 8.112.

O indicador da Fipe considera apenas o anúncios, no site Zap Imóveis, de apartamentos prontos. Grande parte do total é de usados. A denominação prontos é utilizada, principalmente, porque a pesquisa leva em conta também as unidades finalizadas pelas construtoras e que ainda não foram habitadas.

São justamente esses últimos imóveis que tiveram destaque em São Caetano e garantiram a aceleração da valorização, avaliou o delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), Alvarino Lemes. “Apesar de as construtoras terem diminuído os lançamentos, ainda sobraram muitos imóveis prontos na cidade.” O coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zilberstajn, concorda que há nível de estoque elevado na Grande São Paulo, o que inclui São Caetano.

Lemes observou que a menor cidade do Grande ABC conta ainda com o poder de atração de interessados de toda a Região Metropolitana. “Se existe um imóvel igual em Santo André, com certeza as pessoas vão querer comprar em São Caetano. É uma cidade que tem mais infraestrutura. Há melhor oferta de condições para se viver lá.”

De fato, em três edições, de 1991, 2000 e 2010, São Caetano apareceu com a primeira posição de IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do País.

DESACELERAÇÃO - Conforme a última projeção do mercado financeiro em relação ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o indicador deverá atingir 0,59% para o mês de novembro. O termômetro oficial de preços será divulgado na sexta-feira.

Santo André teve desaceleração, ao passar de aumento médio de 0,86% em outubro para 0,59% e, São Bernardo, de 0,61% para 0,57%. Ambas quebraram sequências de três meses de alta média real. Os andreenses observaram o preço do metro quadrado passar a R$ 4.885 em novembro. São Bernardo registrou R$ 4.632.

As cidades seguiram a Capital e a média dos 20 municípios analisados. São Paulo teve valorização de 0,26%, contra 0,30% em outubro, e a média nacional teve estabilidade de 0,45%. Para Zilberstajn não houve surpresa. “Nós temos visto a economia em situação delicada e o mercado de trabalho se deteriorando neste ano.” Em sua análise, quanto melhor estiverem esses dois fatores, mais confiança tem o consumidor para comprar imóveis, pois entende que terá manutenção de seu emprego e a renda.