O Corinthians perdeu a grande chance de reassumir a liderança do Brasileirão. Após ver o Santos vencer o Fluminense por 3 a 0, só precisava de triunfo simples sobre o Atlético-MG, em Sete Lagoas. E começou bem, superando as adversidades e abrindo o placar. Mas, na segunda etapa, deu bobeira e viu o Galo virar para 2 a 1. Assim, permaneceu em segundo, com 49 pontos, contra 28 dos mineiros, na 17ª colocação.

A noite dava indícios de que seria ruim ao Corinthians desde o começo. Isso porque o relógio não marcava nem dez minutos quando Dentinho - que retornava de lesão após dois meses - sentiu novamente a coxa direita e teve de deixar o campo, dando lugar a Danilo. Superado esse problema, surgiu outro: Renan Ribeiro.

O goleiro do Atlético-MG fez pelo menos duas defesas milagrosas e, até então, impedia o Timão de abrir o placar. A primeira das intervenções do camisa 30 foi aos 19 minutos. Roberto Carlos fez longo lançamento até Iarley, que se atrapalhou no domínio da bola mas mesmo assim invadiu a área. Quando chutou, parou no goleiro.

Aos 22, quando Renan estava fora do lance, foi Paulinho quem perdeu gol feito, embaixo da trave, após Iarley ajeitar de cabeça. Pouco depois, o arqueiro voltou a agir: Danilo cruzou, Bruno César desviou à queima roupa e de novo viu o adversário levar a melhor.

O Galo, em contrapartida, mostrava velocidade mas, ao mesmo tempo, ansiedade, que culminava nos excessivos passes errados. Assim, o Corinthians aproveitava os espaços que tinha. E foi aí que o segundo problema foi superado. Aos 44, Alessandro cruzou na área, Renan Ribeiro saiu mal do gol e Paulinho, de peito, abriu o placar.

Na segunda etapa, Dorival Júnior mexeu no Galo, em busca de reverter o placar. Deixou o time mais ofensivo ao tirar o lateral Diego Macedo e colocar o atacante Obina. E deu resultado, surgindo o terceiro problema para o Corinthians. A equipe mineira passou a ter maior posse de bola e as principais ações do jogo. E aos 15 minutos, após escanteio da esquerda, Werley subiu no meio da zaga e cabeceou: 1 a 1.

Mas sem forças para a terceira superação, o Corinthians sentiu e viu o Atlético-MG crescer. E aos 33, veio a virada: Serginho cobrou falta em direção da pequena área, a zaga deu bobeira, Zé Luís subiu sozinho e, de cabeça, venceu Júlio César e garantiu o resultado.