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Clube encara 'guerra dos ingressos'
Por Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
01/05/2010 | 07:00
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Como se já não bastasse o favoritismo atribuído ao Santos, amanhã à tarde, no Pacaembu, o Santo André ainda precisou enfrentar a guerra dos ingressos provocada pela intransigência daqueles que demoraram a liberar a encomenda reservada para um dos finalistas na decisão do título estadual. O presidente Ronan Maria Pinto passou ontem praticamente o dia todo ao celular na tentativa de solucionar os problemas dos bastidores do futebol.

"Pedi pelo menos 900 bilhetes da carga total de 2.500 destinada ao Santo André para colocar nos postos de venda, principalmente da Tuda e da Fúria, mas não tomaram providências. O pessoal da BWA (responsável pela comercialização) se omite. O Marco Polo (Del Nero presidente da FFP) conversou comigo, mas o Reinaldo (Carneiro Bastos, vice da entidade) não me atende nem me retorna. Eles pretendem misturar todo mundo lá no estádio. Isso não pode ocorrer", alertou. "Já sei. Eles querem que a festa seja do Santos", afirmou e o líder da Gestão Empresarial, ao citar o oba-oba claramente favorável ao Alvinegro.

"Não temos nenhum receio deles. Seremos campeões. Falei isso desde o início do campeonato. Cheguei a ouvir que iríamos cair de novo. Isso aconteceu no Campeonato Brasileiro. Se Ronan Maria Pinto é o presidente, a responsabilidade pela queda à Série B é dele. A culpa é minha e assumo. Não vou negar que cometemos erros, mas aprendemos as lições", desabafou Ronan, que ontem sentiu na pele o clima tenso que envolve a finalíssima de domingo.

O dirigente não mediu o tom das críticas ao aparente desânimo dos torcedores. À exceção das torcidas organizadas, segundo ele, é como se o Santo André não estivesse bem próximo de uma conquista inédita na história do clube. "É como se a ficha não caísse", observou Ronan.

Na opinião do presidente, pior do que a indiferença das pessoas mas ruas e no cenário da cidade toda é torcer contra. Isso também vale, explicou, aos potenciais patrocinadores que não investiram no sistema altamente profissionalizado implantado no Santo André. "É uma espécie de política provinciana que procura nos atrapalhar. Se levantarmos o troféu, não serei eu o campeão nem a diretoria, mas o Santo André", exemplificou Ronan, que aposta no equilíbrio e no alto-astral do grupo.

"Qual é o segredo? Não adotamos fórmulas mágicas. Ao contrário: acredito que o novo planejamento tenha eliminado as falhas do passado. Só isso. Do roupeiro à comissão técnica e ao presidente, todos nos unimos no mesmo propósito", concluiu.

Diretoria do clube discute o novo planejamento na segunda

Depois de lutar pelo título paulista, o futuro do Santo André começa na segunda-feira. O presidente do modelo empresarial do clube, Ronan Maria Pinto, avisou ontem que alguns jogadores reconhecidamente mais valorizados vão mesmo sair. No entanto, o dirigente não quis citar nomes. Não confirmou nem o suposto interesse do Corinthians em contratar o meia Bruno César. Ou que os atacantes Nunes e Rodriguinho, além do volante Gil, estejam nos planos de grandes equipes do futebol brasileiro. Ou que o ala Carlinhos vá defender o Palmeiras.

"Já houve consultas, mas vamos aguardar o encerramento do campeonato para discutir quem fica ou quem sai. Agora, estamos totalmente focados no Santos", contou Ronan, que também teria uma extensa lista de reforços entregue pelo técnico Sérgio Soares.




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