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Fazenda eleva projeção para Selic
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29/11/2009 | 07:00
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Apesar de criticar abertamente as análises feitas pelos economistas do mercado financeiro de que o BC (Banco Central) vai elevar os juros em 2010, o Ministério da Fazenda resolveu subir de 8,75% para 10,35% a sua projeção para a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), taxa básica de juros da economia brasileira, para o fim do próximo ano.

A nova projeção da Fazenda foi incluída na revisão dos parâmetros macroeconômicos utilizados no Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para o ano que vem. A taxa Selic está atualmente no patamar de 8,75%.

PIB
A estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi elevada de 4,5% para 5%, com perspectiva de expansão maior da atividade econômica brasileira como resultado das medidas de estímulo fiscal anunciadas recentemente pelo governo federal. Mesmo depois da retomada do crescimento, o governo decidiu prorrogar as desonerações para automóveis, material de construção civil e linha branca de eletrodomésticos, além de estender o incentivo ao setor moveleiro.

Crescimento - A estimativa de crescimento para este ano foi mantida em cerca de 1%. Os parâmetros econômicos são elaborados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, chegou a chamar de "terroristas" aqueles que apostavam numa alta de juros por conta da política fiscal do governo.

A atualização dos parâmetros foi encaminhada, no dia 24, pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, senador Almeida Lima (PMDB-SE).

Pelos novos parâmetros adotados pelo ministério, a taxa Selic média, acumulada em 2010, foi elevada de 8,71% ao ano para 9,18% ao ano. No texto original que acompanhava a Proposta de Lei do Orçamento, enviado no fim de agosto, o governo esperava que a taxa Selic atingisse média anual de 9,98% para 2009 e de 8,71% para 2010 e ressaltava que o mercado projeta taxas de juros médias de 9,81% para este ano e de 8,9% para 2010.

O governo também espera inflação maior combinada com taxa de câmbio menor. Na revisão, a estimativa de inflação para o ano que vem, medida pelo IPCA, foi elevada de 4,33% para 4,42%. A taxa média de câmbio estimada, de R$ 2,01 por dólar para R$ 1,72, patamar atual.




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