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Bloco de Posição não emplaca em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
31/08/2009 | 07:00
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Não passou de jogo de cena o Bloco de Posição, lançado há dois meses por oito vereadores do Legislativo de Diadema - seis deles pertencentes à bancada de oposição. Com o discurso de discutir previamente os projetos da Casa, principalmente os propostos pelo Executivo que chegassem em regime de urgência, a nova frente praticamente se reduziu ao bloco do eu sozinho.

Pelo menos foi o que garantiu José Francisco Dourado, o Zé Dourado (PSDB). "Eu continuo. Nem que seja o bloco do eu sozinho", afirmou, ao ressaltar que o Bloco da Posição persiste.

O que não foi compartilhado pelo colega de partido Lauro Michels, que está em seu segundo mandato. Questionado sobre o bloco, primeiramente brincou: "O rejunte caiu". Em seguida, o tucano foi taxativo: "Não faço parte de papagaiada. Sou do grupo do vai ou racha".

Menos polêmico, Márcio Giudicio, o Márcio da Farmárcia (PSDB), também fazia parte do grupo, que, na prática, deixou de existir.

Oficialmente, Talabi Fahel (PSC), vereador de primeiro mandato e da base de apoio ao governo na Câmara, pulou fora. "Saí", respondeu, ao acrescentar que o fato de fazer parte da sustentação não implica em "não ter divergências" políticas com o prefeito Mário Reali (PT). Talabi pertence ao mesmo partido do vice-prefeito Gilson Menezes e do secretário municipal de Abastecimento, Pedro Soares, também presidente municipal da sigla.

Vereador de primeiro mandato, Edmilson Cruz, o Pastor Edmilson (PRB), mostrou-se surpreso com o posicionamento de alguns parlamentares do grupo. "Se o bloco acabou, eu não sabia. Ninguém me comunicou. Aliás sugiro uma reunião nesta semana para discutirmos o assunto", afirmou, sem se posicionar se hoje é situação ou oposição na Câmara.

Na sessão do dia 25 de junho, na tribuna, Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho (PSB), foi quem anunciou a formação do Bloco da Posição. "Aquilo que decidirmos antes, votaremos em bloco", justificou, na oportunidade.

De lá para cá, nada avançou. Indagado sobre o futuro do bloco, Vaguinho apenas sorriu e saiu pela tangente.

O que não foi o caso do colega de bancada, Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB). "O bloco está meio bagunçado", afirmou, ao ressaltar que não houve nenhuma reunião depois do recesso parlamentar. "Temos de nos reunir o mais urgente possível para uma conversa séria sobre esse assunto", afirmou.

Nos bastidores da Câmara corre que a única mulher integrante do bloco, Marion de Oliveira (PTB), também estaria de saída. Procurada na sexta-feira, Marion não retornou as ligações do Diário.

Para o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), o bloco continua "firme". No entanto, admitiu que o grupo tenha sofrido "alguns percalços" pelo caminho. Na realidade, a governabilidade do prefeito Mário Reali em nada foi prejudicada na aprovação dos projetos. 




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