Economia Titulo Diadema
Sem direitos, metalúrgicos protestam

Cross Hueller, em Diadema, faliu e não pagou direitos aos 135 funcionários que esperam o dinheiro há dois meses

Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
02/06/2009 | 07:00
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Há cerca de 15 dias, os 135 trabalhadores demitidos da Cross Heuller, metalúrgica em Diadema, se revezam em vigília protestando em frente ao prédio da empresa.

O objetivo do grupo é evitar que as máquinas sejam retiradas do local. Há cerca de dois meses, os funcionários esperam o pagamento dos direitos trabalhistas.

A Cross Heuller anunciou falência e encerrou atividades no dia 30 de março deste ano, os direitos trabalhistas deveriam ser pagos até 9 de abril e até agora os trabalhadores esperam, sem receber nada, por uma resposta.

"É uma situação revoltante que parece não ter fim, trabalhei 22 anos na empresa e agora estou vivendo com ajuda financeira da família", desabafou Celio Morgado, funcionário da Cross Heuller.

Segundo informaram os trabalhadores, o pesadelo da metalúrgica começou quando a GM (General Motors) cancelou um pedido de R$ 46 milhões.

Os equipamentos encomendados seriam utilizados na nova unidade da montadora a ser instalada em Joinville, Santa Catarina. A GM alegou que o investimento está mantido, entretanto, os prazos foram alterados. Por esse motivo, houve necessidade de cancelar o pedido das máquinas. Segundo a montadora não houve problemas com as práticas que regulam as relações comerciais, já que a GM pagou as despesas incorridas pelo fornecedor.

Amanhã, os trabalhadores se reúnem, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com a empresa, em busca de solução. "Queremos uma resposta rápida, afinal não conseguimos sacar fundo de garantia, sequer seguro desemprego", explicou Morgado.

Se nada for acordado na reunião, os funcionários prometeram manifestação, em frente a sede da empresa, com presença de políticos, na manhã de quinta-feira (4).




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