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Venda de imóveis usados cresce 54,66% na região em fevereiro
Por Lucas Tieppo
Especial para o Diário
26/04/2009 | 07:01
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O mercado de compra e venda de imóveis demonstrou reação na região em fevereiro. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). Segundo o levantamento, as vendas de imóveis usados na região e nas cidades de Guarulhos e Osasco cresceram 54,66% em fevereiro, se comparado com janeiro.

O resultado positivo também foi registrado no mercado de locação, com aumento de 20,45%.

Alvarino Lemes, delegado regional do Creci-SP no Grande ABC, acredita que o aumento nas vendas se deve à recuperação da confiança dos consumidores. "Em janeiro, a crise econômica abalou bastante o setor, tivemos poucas vendas e muitos clientes que suspenderam a compra. Os consumidores não tinham confiança em investir em um imóvel, pois não sabiam como o País reagiria à crise. Quando a economia passou a dar sinais de que a crise não chegaria tão forte, houve uma reação, o consumidor tinha mais segurança e mais crédito", explicou Lemes.

No Estado de São Paulo, em fevereiro, as vendas de imóveis usados aumentaram 54,99%, já o mercado de locação cresceu 47,64%.

Com relação ao aumento na procura por locações, Lemes enxerga cenário mais complicado. "Na região, temos poucas ofertas de imóveis para locação, não temos estoque para esse tipo de operação. Todos os dias recebo de 15 a 20 interessados em alugar um imóvel", afirmou.

O excesso de procura e a baixa oferta ajudaram a elevar o valor dos aluguéis pretendidos. Na região, 38,49% dos imóveis alugados custavam até R$ 600 mensais.

De acordo com a pesquisa do Creci-SP, em fevereiro, na região a venda à vista perdeu para as outras formas de pagamento: 18,06% do total, enquanto que a CEF (Caixa Econômica Federal) respondeu com seus financiamentos por 50%, os demais bancos com 9,72%, os proprietários com 20,83% e os consórcios com os restantes 1,39%.

Diferente de outras regiões do Estado, as vendas através de consórcio não obtiveram destaque. Na Capital, por exemplo, 6,73% das vendas foram feitas mediante crédito de empresas de consórcio, enquanto que os bancos públicos e privados, à exceção da CEF, financiaram 2,88% do total de imóveis vendidos.

"O consórcio ainda fica muito pesado no orçamento da maioria das famílias da região, pois além da parcela do consórcio, tem o custo da locação, por exemplo, e é um investimento a longo prazo. A CEF dá mais opções de financiamento e já é possível se mudar em pouco tempo", explicou Lemes. (Supervisão Marcos Seabra)




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