Política Titulo Benefícios negados
Reali não atende reivindicação do sindicato
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
14/03/2009 | 07:00
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Nem vale-refeição de R$ 18 ou vale-alimentação de R$ 241,53 mensais nem reposição da inflação dos últimos doze meses de 6,25% para os cerca de 7.000 servidores. O prefeito Mário Reali (PT) não atendeu ontem à pauta de reivindicações econômicas do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), de acordo com a presidente Jandyra Uehara.

"Foi uma contraproposta regressiva e totalmente insatisfatória, que vai na contramão do combate à crise proposto pelo governo federal", afirmou Jandyra, decepcionada com a reunião ocorrida no Paço entre entidade e administração municipal.

Como é de conhecimento da Prefeitura, a primeira etapa da campanha salarial 2009 se encerrava ontem, com a apresentação oficial da contra-proposta. "A administração apenas verbalizou, porém pedimos que a proposta fosse detalhada em forma de ofício. Eles prometeram encaminhar ainda hoje (ontem), mas até agora (16h) não chegou", disse a presidente.

O que não ocorreu até o fim da tarde, segundo confirmou às 20h, o vice-presidente José Aparecido da Silva, o Neno.

A Prefeitura informou que "ocorreu na data de hoje (ontem) mais uma etapa destas negociações". De acordo com os representantes da administração "essa rodada se caracterizou por avanços nas discussões".

Porém, na segunda-feira, de acordo com a administração, a Secretaria de Gestão de Pessoa apresentará a proposta sobre as cláusulas econômicas.

Uma assembleia com a categoria para votar a contraproposta está marcada para terça-feira, às 17h30, na sede do Sindema.

Marmitex continuará sendo servida pela SP Alimentação

Pelo visto, os servidores públicos de Diadema continuarão comendo o marmitex da SP Alimentação, empresa que terceiriza as refeições para a Prefeitura. O item vale-refeição foi praticamente colocado de lado na pauta de negociação pelo secretário de Gestão de Pessoas, João Garavelo.

"Nenhuma proposta concreta foi apresentada sobre o vale-refeição", afirmou Jandyra Uehara, presidente do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema). O contrato entre a Prefeitura e a SP Alimentação estima o fornecimento de 32,2 mil refeições servidas por mês.

Segundo Jandyra, melhora da qualidade e ampliação das refeições para os cerca de 7.000 servidores foram defendidas pela municipalidade. Porém, sem chances reais de distribuição de tíquete diário de R$ 18 por funcionário, o mesmo conquistado recentemente pelos 17 vereadores na Câmara. Para exemplificar, Jandyra citou que um servidor com salário mensal de R$ 1.000 tem descontado no holerite 5% de marmitex, ou seja, R$ 50. "É um preço arbitrário", disse a presidente. Pelo PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), de acordo com Jandyra, o máximo a ser descontado do custo de refeição é 20%. "Em Diadema, o custo varia de 30% a 100%", afirmou.

Autor do polêmico projeto de resolução que estendeu o benefício do vale-refeição diário de R$ 18 para os vereadores e alvo do Ministério Público, o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), disse que o Legislativo não tomou nenhuma medida sobre as recentes denúncias de má qualidade e distribuição das refeições aos funcionários apontadas pelo Diário. Maninho disse que espera uma proposta do tíquete-refeição por parte da Prefeitura.

Sobre o vale-alimentação, a administração ofereceu aumento de R$ 150 para R$ 170. A proposta do Sindema é de R$ 241,53.




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