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Bellucci vira e está nas quartas-de-final do Brasil Open
Por Das Agências
12/02/2009 | 00:19
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O Brasil Open terá um tenista da casa nas quartas-de-final. Nesta quarta-feira, o número 1 do país, Thomaz Bellucci, superou o qualifier polonês Lukasz Kubot por 2 sets a 1, parciais de 5/7, 6/4 e 6/4, após 2h29min de partida. Na próxima fsse do torneio da Costa do Sauípe, Bellucci enfrenta o espanhol Juan Carlos Ferrero, ex-número 1 do mundo.

Diante de um adversário que entrou como franco-atirador, Bellucci encontrou dificuldades para obter ritmo de jogo. O brasileiro não conseguia se impor nas trocas de bola e acabou sofrendo quando precisou ir à rede. A primeira parcial terminou a favor do polonês com uma quebra no 12º game. Mas, sem se deixar abater, o paulista derrubou o saque do rival no terceiro game e venceu a segunda parcial. "Ele não me deu muito ritmo, jogou com algumas bolas sem peso, mas a partir do segundo set eu comecei a me adaptar e a errar menos", comentou o atleta.

O set decisivo foi o mais emocionante. Bellucci sentiu a pressão e acabou perdendo o saque logo de cara. Mas, com o apoio da torcida, o 84º do mundo se recuperou e faturou cinco games consecutivos para conquistar a vitória. "Eu estava bem atrás no terceiro set, mas consegui reverter com o apoio da torcida. Tomara que seja assim novamente amanhã (quinta). Eu conheço bem o Ferrero e sei que vai ser duro. Espero jogar melhor do que hoje, cometi muitos erros, apesar de ter me salvado muitas vezes com o saque", disse o brasileiro.

Inconsistente, a grande arma do único tenista brasileiro ainda vivo na chave de simples foi ter sacado bem. Bellucci disparou 18 aces, contra apenas um do polonês. Calibrado no fundamento, ele ganhou 71% de pontos quando conseguiu colocar o primeiro serviço em quadra. Ele salvou três chances de quebra em seis que enfrentou.

Esta é a primeira vez que o atleta alcança as quartas-de-final de um torneio de primeira linha. Para ir além e ganhar vaga na semi, contudo, vai precisar crescer, já que Ferrero, apesar de uma dor no punho, teve grande atuação nesta quarta. Ele arrasou o argentino Brian Dabul. Em apenas 1h12min, anotou parciais de 6/1 6/2 em apenas 1h13min.

O espanhol atualmente ocupa apenas o 101º posto no ranking internacional e, até o início do Brasil Open, só havia vencido um jogo na temporada - por desistência do adversário. Agora, tenta repetir o bom nível mostrado nas oitavas para enfrentar o brasileiro pela primeira vez.

"Bellucci é um jogador que conheço bastante, ele treinou durante alguns dias na minha academia na Espanha com o Leonardo Azevedo, seu ex-técnico", disse o europeu. "É um jogador que evoluiu muito e o assisti em vários torneios no ano passado. Atuar aqui contra brasileiros sempre é bem difícil, principalmente por causa do apoio do público".

Ferrero já tem um histórico contra tenistas da casa no Brasil Open. Ele foi surpreendentemente eliminado por Flavio Saretta em 2006 e deu o troco no mesmo jogador na semi de 2007.

Favoritos avançam - Três dos cabeças-de-chave já estão nas quartas-de-final. O espanhol Nicolas Almagro, principal favorito, teve atuação irregular, mas superou o argentino Martin Vassallo Arguello em sets diretos, parciais de 6/4 6/4, com duração de 1h32min. Na próxima rodada do Brasil Open, o cabeça 1 mede forças com o vencedor da partida entre o compatriota Marcel Granollers, 47o do mundo, e o português Frederico Gil, 86º.

"Hoje joguei muito melhor (do que na estréia), mas ainda tenho que melhorar muito. O que importa é que tenho evoluído e já estou nas quartas-de-final", disse o atleta de Múrcia, que nesta temporada ainda não exibiu seu melhor jogo. "Não estou no nível de 2008. No ano passado cheguei em um momento bom, agora ainda estou me recuperando."

Além do espanhol Almagro, dois argentinos triunfaram, mas com histórias bastante diferentes. José Acasuso, quarto pré-classificado, não teve dificuldades e venceu o uruguaio Pablo Cuevas por 6/3 6/2. Na próxima fase, encontra Eduardo Schwank, cabeça 6, que precisou salvar match-point contra o português Rui Machado. Os dois levantaram o público que acompanhou o jogo. No final, o 52o do mundo anotou 2/6, 7/6(4) 7/6(6), em 3h07min.




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