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Inadimplência em escolas chega a 18% em 2007
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
03/02/2008 | 07:15
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A inadimplência nas escolas do Grande ABC variou entre 11% e 18% no ano passado. Os números são da Aesp (Associação das Escolas Particulares do Grande ABC) e representam uma bela alta em relação a 2006, quando os atrasos nos pagamentos de mensalidades escolares oscilaram entre 8% e 11%.

O Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo) também apurou alta na taxa de inadimplência. O índice do ano passado, calculado até o mês de novembro, ficou em 9,33%.

Entre os principais motivos alegados pelos inadimplentes está a queda da renda familiar, razão que leva muitos pais a ficarem em débito com a mensalidade.

A fim de combater e evitar o problema instituições de ensino estão incorporando o seguro educacional, como é o caso do Colégio Santa Maria, localizado na Zona Sul de São Paulo. Isso porque, o seguro acaba sendo uma proteção financeira acionada quando algum imprevisto impede o pagamento das mensalidades – nos casos de desemprego, invalidez ou de morte.

A escola, que oferece desde a educação infantil até o ensino médio particular, registrou um índice de inadimplência inferior à média estadual. No ano passado, a taxa registrada pela instituição foi de apenas 1,1% – para um universos de 3.000 alunos matriculados.

“O seguro é uma garantia para a escola e também para os pais e alunos”, afirma Maria Dulce dos Santos Pereira, encarregada de setor do colégio.

Ela conta que no início o seguro era opcional, mas agora ficou incorporado aos custos da instituição. “O responsável financeiro pelo aluno paga por esse benefício que já é calculado junto com o reajuste anual”, explica.

As escolas do Grande ABC ainda resistem à idéia. Mesmo sendo uma garantia para instituições e pais, a presidente da Aesp, diretora do Centro Educacional Paineira e vice-diretora administrativa da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) Oswana Fameli, explica que na região o custo pesa.

“Pagamos muito caro pelos impostos. No caso de incorporarmos mais um serviço, por menos que encareça, haverá um reajuste, que muitas vezes não é aceito pelos pais”, disse.




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