Tiago Nogueira (PT), secretário de Gabinete em Santo André e articulador do governo Carlos Grana (PT) com a Câmara, questionou as intenções do G-12, grupo de parlamentares da oposição. "Qual é o projeto? O que unifica eles? Sinceramente, essa é uma boa pergunta para fazer", questionou Tiago.

Grana irá até ao Legislativo na terça-feira para estreitar o relacionamento com os pares e acompanhar a posse de José de Araújo (PMDB) e Sargento Juliano (PMDB). O secretário de Gabinete declarou que a visita será para "destravar o diálogo" com os oposicionistas.

O grupo de 12 parlamentares já derrotou o governo Grana em duas ocasiões. A primeira foi na eleição da mesa diretora, no dia 1º de janeiro, quando conseguiu eleger Donizeti Pereira (PV) para presidência da Casa em detrimento de José Montoro Filho, o Montorinho (PT), indicado do Executivo.

Na definição das comissões, outra derrota da administração. Luiz Zacarias (PTB) conquistou o setor de Constituição e Justiça e o setor de Finanças e Orçamento ficou com Almir Cicote (PSB).

Para o vereador Ailton Lima (PTB), as derrotas mostram o propósito do grupo. "O Tiago deveria falar menos ou ficar de boca fechada. O principal projeto já foi conquistado, que foi a eleição da mesa diretora. (O Grana) Foi o único prefeito da região derrotado pela Câmara. Queremos garantir a independência do Poder Legislativo."

Tiago colocou em xeque a unidade do grupo e declarou que alguns parlamentares mantêm conversas para compor com a administração. "Quero separar o que é disputa da mesa, que é um movimento legítimo deles. O dia a dia não me preocupa. Evidentemente que os vereadores que eram sustentação na gestão passada tinham uma outra relação (com o ex-prefeito Aidan Ravin, PTB). Agora está começando do zero e vamos buscar (a interlocução)".

Prefeito protocola projeto que aumenta valor do aluguel social

O prefeito Carlos Grana (PT) protocolou ontem na Câmara de Santo André projeto de lei que estipula aumento no aluguel social para R$ 450. Atualmente, o subsídio oferecido pela Prefeitura para 652 famílias é de R$ 380. O reajuste de R$ 70 passará a valer a partir da data de aprovação do texto - ainda não há previsão para votação.

Secretário de Gabinete, Tiago Nogueira (PT) explicou que o crescimento na demanda por imóveis alugados inflacionou o valor da locação. Além dos assistidos pelo Executivo, cerca de 2.000 famílias são atendidas pelo benefício da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), autarquia estadual.

"A procura aumenta e não se acha imóvel. Por isso aumentamos o valor e flexibilizamos os critérios. Agora, a pessoa vai poder morar ou dividir a casa com parente", explicou.

O próximo passo será incluir cerca de 100 famílias no aluguel social da Prefeitura. A demanda foi diagnosticada em vistorias da Defesa Civil realizadas no mês passado.