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Postura neutra do governador foi sinal, diz Aidan

Prefeito de Sto.André parte em busca do apoio do ex-aliado

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
12/10/2012 | 07:16
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O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, afirmou ontem que a postura neutra do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno "foi um sinal" da parceria firmada agora entre petebistas e tucanos. O chefe do Palácio dos Bandeirantes não participou diretamente da campanha local até aqui. De um lado, a relação estreita com Aidan. Só que, em contrapartida, o PSDB ocupou o posto de vice com Ricardo Torres na chapa derrotada de Raimundo Salles (PDT).

"O fato de ele não ter vindo é sinal. Veio em São Bernardo (em apoio ao deputado estadual Alex Manente, PPS), São Caetano (para aderir ao projeto governista de Regina Maura Zetone, PTB) e não aqui em Santo André. Isso é mostra de lealdade muito grande", disse o prefeito, completando que o "carinho especial e a afinidade política" contribuirão para contar com Alckmin em cima do palanque governista. "Será situação muito prazerosa. Agora o exército (de apoiadores) virá para cá."

Aidan avaliou que esse apoio no segundo turno pode ser trunfo para uma virada sobre a candidatura petista, encabeçada pelo deputado estadual Carlos Grana. Apesar da euforia, a bênção de Alckmin dada às duas candidaturas no Grande ABC não rendeu êxito. Mesmo com a aliança formal com o governador, Alex e Regina perderam o pleito.

Outro mecanismo previsto para reverter o quadro desfavorável da etapa inicial passa por conseguir o apoio do candidato derrotado Nilson Bonome (PMDB), que obteve 17 mil votos (4,7%). A diferença do PTB para o PT ficou em 20 mil votos. O grupo governista faz ofensiva para reforçar o time com o ex-homem-forte da administração petebista. "Estamos em momento importante da campanha, de somatória. Seria essencial contar novamente com o apoio, pois já conhecemos o trabalho dele", pondera Aidan.

O chefe do Executivo considera que o ingresso efetivo do presidente estadual do PTB, Campos Machado, traz peso às articulações. "Essa ocasião é de definição, pois estamos fazendo composição não só em Santo André, e sim estadual", disse, referindo-se aos acordos costurados em outras cidades paulistas.

O petebista negou que tenha sido preterido pelos correligionários no primeiro turno. Aidan considerou que não era possível exigir a presença de grandes lideranças, tendo em vista a disputa na Capital, na qual o PTB tinha Luiz Flávio D'Urso como vice de Celso Russomanno (PRB), que ficou em terceiro nas urnas. "Hoje está mais calmo. Não há mais concorrência em São Paulo. Agora a principal é Santo André. Essa eleição não é mais do Aidan, é da cidade."




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