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Série de assaltos assusta e mobiliza estudantes e funcionários da Unifesp

Reitoria e PM fazem reuniões para traçar metas e inibir ações de criminosos na porta de unidades

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
12/02/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Estudantes, professores e funcionários do campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) resolveram se unir e denunciar, em uma página de internet, os constantes assaltos que sofrem desde o ano passado na entrada e saída das aulas nas imediações dos cinco prédios da instituição na cidade.

“Está todo mundo com medo”, disse o estudante de Farmácia Caio Serra, 22 anos. Ele diz ter sido vítima de roubo em dezembro e, desde então, repete a tática usada por outros colegas, como a de se deslocar em grupos.

Por conta dos casos de roubos, professores estão terminando as aulas antes do horário e muitos estudantes andam com celulares falsos, mais baratos, e dinheiro contado para não sofrer prejuízo ainda maior.

“Ontem (segunda-feira), havia uns seis adolescentes aqui na porta. A gente estava saindo e uma amiga me puxou, falaram até que eles estavam armados”, disse uma estudante de Farmácia de 19. “Tive que ligar para a minha mãe vir me buscar.”

A Unifesp disse que está ciente e preocupada com o problema. As cinco unidades, que abrigam 2.351 alunos, contam com guarita e segurança 24 horas, mas os crimes acontecem na rua. Por conta disso, a reitoria pediu às autoridades o aumento do policiamento nos arredores.

Por meio de nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse que não há boletins de ocorrência registrados nas delegacias que atendem as áreas com prédios da universidade.

E é justamente a subnotificação que a PM (Polícia Militar) quer resolver. Comandante da corporação na cidade, o tenente-coronel Marcel Lacerda Soffner pretende realizar palestras com os alunos para alertá-los da importância da comunicação para ajudar na solução dos crimes.

“Temos atenção com todos os estabelecimentos de ensino da cidade”, disse.

Inicialmente, comando da PM e reitoria já se reuniram. Também estão incluídos nos passos iniciais de trabalho o envio da grade curricular para que a polícia acompanhe os horários de entrada, saída e deslocamento, além da instalação de câmeras de monitoramento.

Será empenhado policiamento a pé e por bicicleta, além de equipes da Força Tática e Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) nas áreas.

O maior plano da corporação, no entanto, é aproximar a Unifesp do restante da cidade. A PM sugere que a universidade passe a promover ações sociais e cursinhos pré-vestibular, como forma de mostrar à população a importância da instituição.

“Não existe policial tartaruga aqui. Muito pelo contrário. O pessoal está atento, trabalhando e eu faço muita cobrança”, disse Soffner.




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