Política Titulo Corrida eleitoral
Termina sábado prazo para filiação de candidatos em 2014

Semana será corrida a políticos que desejam trocar ou se filiar a novo partido; cartórios não farão plantão

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
29/09/2013 | 07:00
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A semana será corrida para os políticos que resolveram se filiar ou trocar de partido com objetivo de concorrer ao pleito eleitoral do ano que vem. O prazo se encerra à meia-noite de sábado e, por isso, precisarão correr contra o relógio.

A burocracia para oficializar a mudança de legenda é grande. O pré-candidato que mudou de sigla precisa entregar carta de desfiliação, oficializar a saída junto ao cartório eleitoral e dar entrada com processo de adesão à futura legenda. Tudo isso deve ser feito impreterivelmente até o dia 5, quando faltará oficialmente um ano para a eleição. Os cartórios eleitorais não irão expandir o horário de atendimento.

Enquanto alguns políticos correm contra o tempo. Outros têm situação normalizada, pois já oficializaram a filiação. No Grande ABC, a movimentação foi intensa, mas duas filiações se destacaram.

O presidente do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, reativou sua ficha no PT – ele foi vereador em Casa Branca, do Interior, entre 1989 e 1992. Apontado como um dos favoritos para a briga por cadeira na Assembleia Legislativa, o petista teve pomposa festa de filiação. A presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a ser cogitada, mas não se concretizou.

O pré-candidato a deputado estadual tem bom trânsito com as classes D e E por conta da sua atuação no futebol. Por outro lado, ele mantém ótimo relacionamento com empresários. O leque extenso de apoio coloca em risco o projeto de reeleição de Ana do Carmo e a empreitada de Teonílio Monteiro da Costa, o Barba – ambos também petistas.

A outra adesão de destaque no meio político da região foi do vice-prefeito Frank Aguiar, que deixou o PTB para ingressar no PMDB, partido aliado ao PT. A recepção ocorreu com presença de lideranças estaduais da legenda.

Frank tentará voltar à Câmara dos Deputados em 2014 – ele foi parlamentar federal entre 2007 e 2011, mas em 2008 renunciou para assumir o cargo em São Bernardo. No pleito de 2010 buscou reeleição, mas não obteve êxito. O peemedebista aposta no potencial de votos dos correligionários para retomar seu espaço no Congresso. 

A eleição do ano que vem é importante para o Grande ABC, que precisa mostrar sua força eleitoral. Em 2014, a região deve registrar 2 milhões de eleitores. 

Com esse número, e comparando com o desempenho eleitoral de 2010, seria possível eleger 20 deputados federais pelo PMDB, 18 nomes pelo PT e 17 pelo PSDB. Na esfera estadual, a representatividade é ainda maior: 28 deputados estaduais pelo PT, 25 pelo PMDB e 23 pelo PSDB.

Atualmente, a região possui seis deputados estaduais: Ana do Carmo (PT-São Bernardo), Alex Manente (PPS-São Bernardo), José Bittencourt (PSD-Santo André), Orlando Morando (PSDB-São Bernardo), Vanessa Damo (PMDB-Mauá) e Regina Gonçalves (PV-Diadema). Entretanto, na eleição de 2010, o eleitorado das sete cidades conseguiu eleger oito parlamentares estaduais – Carlos Grana e Donisete Braga, ambos petistas, renunciaram o mandato para comandar as Prefeituras de Santo André e Mauá, respectivamente.

Já no Congresso, a bancada regional se firmou com três integrantes: Vanderelei Siraque (PT-Santo André, que era suplente), Vicentinho (PT-São Bernardo), William Dib (PSDB-São Bernardo). José de Filippi Júnior (PT-Diadema) está licenciado, pois assumiu a Secretaria de Saúde na Capital.

RELÓGIO INIMIGO

Os novos partidos também duelam contra o tempo. A Rede Sustentabilidade, criada por Marina Silva, corre para conseguir provar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o número de assinaturas suficientes para obtenção do registro até sábado.

O Solidariedade, oficializado na semana passada pelo TSE, precisará montar verdadeira força-tarefa para filiar os políticos.

A legenda fundada pelo ex-pedetista Paulinho da Força será o refúgio para descontentes, pois a Lei de Fidelidade Partidária não prevê cassação de mandato para quem se transfere para sigla recém-fundada.




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