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Grécia derruba Rep.Tcheca no 'gol de prata' e vai à final da Euro
Por Fernão Silveira
Do Diário OnLine
01/07/2004 | 18:46
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A surpreendente Grécia transformou em ouro o 'gol de prata' e eliminou a República Tcheca da Euro. O time do Mediterrâneo venceu os até então invictos – e favoritos ao título – por 1 a 0, no último minuto da etapa de abertura da prorrogação. Na final, que será domingo, Portugal vai se reencontrar com a única seleção que a derrotou na competição.

A Grécia, comandada pelo técnico alemão Otto Rehhagel, chega à decisão da Eurocopa/2004 com a moral de quem já eliminou os dois maiores favoritos ao caneco: França (nas quartas-de-final) e República Tcheca (na semifinal). E o time azul e branco ainda conta com o retrospecto de quem largou na competição arrancando uma vitória sobre a seleção anfitriã, que é comandada pelo técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari. O jogo de estréia acabou em 2 a 1 para os visitantes.

O tira-teima entre Portugal e Grécia ocorrerá no domingo, às 15h45 (horário de Brasília), em Lisboa.

Presente de grego - A República Tcheca mostrou as credenciais logo de cara e partiu para o sufoco contra a Grécia ainda nos minutos iniciais. Aos 2, o meia Rosicky acertou um petardo no travessão do goleiro Nikopolidis. Aos 5, Jankulovski aproveitou uma bola espirrada pela zaga grega e obrigou Nikopolidis a praticar o primeiro 'milagre' da tarde.

Os favoritos continuaram em cima da Grécia, mostrando um forte volume de jogo ofensivo, mas começaram a enfrentar dificuldades diante da forte marcação adversária. Nikopolidis, aos 32, foi novamente acionado para evitar o gol tcheco num bonito voleio de Jankulovski.

Nem a contusão do astro Pavel Nedved, pouco antes do intervalo, abateu o ímpeto ofensivo dos tchecos. O treinador Karel Brueckner colocou o meia Smicer na partida e conseguiu manter o nível técnico da equipe. A Grécia voltou do intervalo pressionada e ainda concentrada em neutralizar o forte ataque do adversário.

Os tchecos reclamaram um pênalti aos 16 minutos, quando o grandalhão Jan Koller foi derrubado na área pelo zagueiro Trajanos Dellas. Mas o experiente árbitro italiano Pierluigi Collina nada marcou.

Koller, aos 34, desperdiçou a melhor chance de toda a partida. O camisa 9 recebeu de Rosicky após bonita tabela na entrada da área e bateu colocado com a perna destra. A bola passou rente à trave direita de Nikopolidis e saiu pela linha de fundo.

O empate sem gols no tempo regulamentar levou a semifinal para a prorrogação. A Grécia, segura em sua proposta defensiva, começou a arriscar mais no ataque em lances aéreos. O goleiro tcheco, Cech, teve trabalho para evitar o gol em três bons lances de cabeça da seleção grega.

O 'presente de grego' saiu aos 14 minutos e 50 segundos da primeira prorrogação. Após cobrança de escanteio pela direita, Dellas subiu livre na pequena área e desviou de cabeça para o fundo da rede de Cech. Atônitos e inconformados com o gol, os tchecos nada conseguiram fazer além de chorar.

O 'gol de prata' dos gregos virou, literalmente, 'gol de ouro'. Collina encerrou a partida logo depois, dando início à festa grega no Estádio do Dragão (Porto). Vale lembrar que o 'gol de prata', instituído pela Fifa em lugar do 'gol de ouro' (também conhecido como 'morte súbita'), determina o encerramento da partida se houver um vencedor ao final do primeiro tempo da prorrogação.




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