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Por Lula, PT vai mobilizar militância
Por Das Agências
04/02/2006 | 08:05
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Atendendo a um apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT decidiu colocar o bloco da reeleição na rua. Na primeira reunião de 2006, a Executiva Nacional do partido aprovou sexta-feira uma resolução de forte defesa do governo e convocou uma campanha nacional de mobilização da militância e reaproximação com os movimentos sociais. Lula resiste em anunciar a candidatura – planeja fazer isso apenas em junho –, mas cobra do partido que prepare a campanha e reforce a blindagem da administração federal.

“Vamos trabalhar para mobilizar o Brasil, os movimentos sociais, os partidos aliados, para que tenhamos um grande movimento em defesa da reeleição do presidente Lula”, afirmou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), negando pressão para que Lula antecipe o lançamento da candidatura. Integrantes da legenda divergem sobre o momento mais adequado para isso. Para o secretário de Comunicação do partido, Humberto Costa, seria vantajoso para o PT que o presidente faça o anúncio o quanto antes. Ex-ministro da Saúde, Costa se disse “aflito” com a indecisão de Lula.

“O PT precisa dessa candidatura para consolidar seu projeto político histórico e social. Precisamos, inclusive, mobilizar setores da sociedade civil para que se engajem nesse processo porque, até o presente momento, o presidente não tem manifestado uma posição mais clara de que seja candidato”, disse. “Naturalmente, o PT está aflito com isso”. Segundo ele, que esteve reunido com Berzoini e Lula na semana passada, o presidente demonstrou indecisão e “decepção muito grande” em relação aos movimentos sociais.

Base social – Na opinião de Lula, os movimentos sociais não reconhecem as realizações do governo, relatou Costa. “Como vou ser candidato se não tenho a mesma base social que tinha em 2002?”, teria dito o presidente. “A mobilização será uma pressão saudável para que Lula decida pela reeleição”, disse o secretário.

Lula afirmou que não “moveria uma palha” para ser candidato. O desejo do presidente é que o PT pare de brigar com aliados nos Estados e lhe ofereça condições necessárias para o palanque da reeleição, sem que ele precise entrar na linha de tiro dos adversários com antecedência. No que diz respeito às alianças, os petistas adiaram as definições para o encontro nacional, em abril. “As conversas com os partidos já estão sendo agilizadas”, resumiu Berzoini. “Não vamos de antemão fechar portas ou escancará-las para nenhum partido”. Ele não descarta nem a hipótese de um acordo com o PMDB, que mantém a disposição de lançar candidato próprio.

Mamonas – Sexta-feira, o presidente Lula recebeu o governador do Paraná Roberto Requião (PMDB, a quem entregou sementes de mamona. Distraído, Requião pensou que se tratava de alguma iguaria e provou as sementes, que não são comestíveis, mas sim utilizadas para a fabricação de biocombustível.

À tarde, Lula participou da cerimônia de partida de mais de 500 jovens que participam do Projeto Rondon. Os estudantes portavam cartazes em apoio à reeleição do petista.




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