A construção civil deverá gerar saldo de 180 mil empregos formais no País neste ano, de acordo com estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada ontem. O número é pouco maior que os 177.185 novos empregos criados durante o ano passado.

Os empregos formais correspondem a apenas 28% da força de trabalho do setor, segundo o estudo da entidade feito a partir dos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

INVESTIMENTOS - O Dieese avalia que as perspectivas de investimentos no setor, em programas como o Minha Casa, Minha Vida e as obras necessárias para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, devem fazer com que o emprego na construção civil siga em alta nos próximos anos.

Na avaliação da entidade, os segmentos que receberão os maiores investimentos ao longo deste ano serão o imobiliário residencial e o energético. Dados do Sinduscon-SP, o sindicato da construção paulista, citados no levantamento, apontam que a taxa de investimento deve chegar a 20% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.

"A meta é que os investimentos cresçam de R$ 476 bilhões para R$ 625 bilhões. No setor imobiliário, os investimentos vão passar de R$ 170 bilhões (2009) para R$ 202 bilhões. A Copa deverá injetar pelo menos R$ 155,7 bilhões na economia brasileira, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas", diz o estudo do Dieese.

A Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial) estima que o segmento da construção será responsável pela criação de 3,5 milhões de empregos em função do Mundial de 2014.