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Remanejamentos irritam governistas em Ribeirão
Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
29/08/2011 | 07:11
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Prática comum do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), tem irritado os vereadores da base governista. Desde o começo do ano, proposituras que autorizam remanejamento de verbas entre as secretarias são figurinhas carimbadas na pauta de votações. Entretanto, grande parte das matérias chega em cima da hora - muitas vezes no dia da sessão - e são colocadas em votação em regime de urgência.

Não é raro escutar pelos corredores da Casa vereadores insatisfeitos com o método adotado pela administração. Diversos parlamentares afirmam que não há tempo hábil para se estudar o projeto.

O presidente da comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), já utilizou a tribuna para criticar a postura. "Causa desconforto. Esta sempre foi uma das minhas maiores brigas na Câmara. Sempre questionei porque precisamos votar em cima da hora. Ficamos parecendo bobos da corte", disparou o parlamentar.

O republicano chegou a reclamar do envio de remanejamentos com o presidente municipal do PR e secretário de Governo, Nonô Nardelli. "Pelo cargo que ocupo na comissão muitas vezes sou questionado pelos colegas sobre isso. Fico sem saber o que dizer", admitiu.

O líder do governo no Legislativo, Antônio Muraki (PTB), pretende conversar com os colegas para acalmar os ânimos. "Os investimentos são muitos e não tem como planejar algumas ações com vinte ou trinta dias de antecedência. Depende-se muito de licitações", explicou o petebista.

Outro ponto ressaltado pelo líder é a questão de parcerias firmadas. "Sei que é complicado de entender, mas há muitos convênios que precisamos firmar, mas que pedem contrapartida. Se não votarmos naquele dia, muitas vezes perdemos o prazo. Por isso existe uma certa urgência", justificou.

Mudanças - A Prefeitura foi questionada sobre o quanto foi remanejado até o momento, mas não respondeu aos questionamentos. Até maio, Volpi já tinha remanejado R$ 13,5 milhões (7,7% do Orçamento) com autorização da Câmara. O chefe do Executivo tem por direito alterar até 25% da peça da maneira como desejar. "Se tivesse 50% seria mais fácil. Não haveria necessidade de tantos projetos para mexer no Orçamento", defendeu Muraki.




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