Se dependesse do barulho durante o PED em Santo André, o vereador Cláudio Malatesta, eleito o novo presidente do diretório municipal petista (levou os dois turnos), seria considerado o vencedor antes mesmo da apuração dos votos. Com forte boca-de-urna a seu favor na porta da Câmara Municipal, Malatesta não conseguia esconder o clima de já ganhou. "Tranqüilo a gente nunca está. Acho que olhando o movimento aqui na entrada, e pelo o que o pessoal vem trabalhando durante essa semana, acredito que vai dar para levar", afirmava o vereador.

Já seu oponente, o ex-metalúrgico Ivo Martim, de tendência mais à esquerda (Compromisso e Democracia), admitiu que se dependesse da estrutura, não teria nem entrado na disputa. "Para dizer que eu não fiz nada, fiz seis ‘faixinhas‘. Não tenho dinheiro para investir na campanha", rebateu Martim.

Os aliados de Malatesta também fizeram coro na votação. O prefeito da cidade, João Avamileno, apostava numa vitória de Malatesta "próxima aos 60%". Já o deputado federal Professor Luizinho (PT-Santo André), um dos sete petistas acusados de ter sido beneficiado pelo mensalão, aproveitou a votação para reafirmar que a possibilidade de renunciar não existe. "Estou tranqüilo. Se os processos forem individualizados, não tenho dúvida que o meu será arquivado imediatamente. As provas existentes me inocentam. O que eu preciso é que o país pare com essa loucura do achincalhamento, do linchamento coletivo. Vou provar minha inocência", declarou Luizinho.