Márcio Bernardes Titulo
Ídolos também erram

Rpgério Ceni gesticulou contra substituição feita pelo técnico Ney Franco

Por Especial para o Diário
26/10/2012 | 00:00
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Há quem afirme que Rogério Ceni é o maior goleiro da história do São Paulo. Os méritos são incontestáveis, como também a idolatria com a torcida.

Isso não lhe dá o direito da soberba, se bem que, em muitas declarações, é essa a sensação que passa. Reconhece-se sua vontade de vencer o Liga de Loja, pela Copa Sul-Americana, mas seus gestos escandalosos e forma como falava em campo com o técnico Ney Franco criaram um constrangimento desnecessário.

Rogério queria que o técnico colocasse Cícero no ataque, jogador alto e com capacidade de conclusão nas bolas aéreas. Na visão do goleiro era isso o que faltava, mas faltou também bom-senso para que a sugestão não mostrasse pedância e intromissão na seara alheia.

Depois do jogo, na entrevista coletiva, Ney Franco disse que não pensou assim e que achou melhor colocar William José para jogar.

É claro que em uma dividida a torcida vai ficar do lado do goleiro. E consequentemente enfraquecerá o treinador. Apesar de toda imprensa, vou repetir, toda! inclusive os amigões de Rogério Ceni, ter condenado a atitude intempestiva, é possível dizer que a vida de Ney Franco no Morumbi lembra aquela história do gato que subiu no telhado.

QUASE IMPOSSÍVEL
Nem goleiro que toma ‘frango' ou artilheiro que perde pênalti. A pior função no futebol é a arbitragem. Atualmente, com tantas câmeras nas transmissões das televisões qualquer erro acaba ganhando dimensão impensável.

Não é fácil mesmo ser árbitro de futebol. Como ser humano o erro é possível e se não houver má-fé deve ser compreendido. Muitas vezes somos rigorosos demais com a arbitragem e não reconhecemos as dificuldades para o desempenho da função.

A Fifa, em nível global, e a CBF, aqui no Brasil, deveriam facilitar a missão dos árbitros oferecendo-lhes mais condições para que eles errem menos e acertem mais.

A profissionalização é o melhor caminho. Mas os cartolas brasileiros não aceitam, porque teriam que aumentar a despesa com o vínculo empregatício.

COPA AMÉRICA ESPECIAL
Para comemorar o Centenário da Conmebol acontecerá um torneio nos Estados Unidos em 2016, um ano depois da mesma competição já marcada para o Chile.

A Copa América é um torneio de baixo nível técnico, que normalmente apresenta apenas um jogo empolgante: Brasil e Argentina.

A desculpa do centenário, na verdade, é para abrir mais uma chance da entidade faturar mais. Podem esperar que em breve anunciarão o patrocinador máster da Copa América Especial.

Brasil e Argentina, especialmente, deveriam se rebelar contra esse desatino. Os clubes ficarão privados de seus principais jogadores, os campeonatos nacionais serão prejudicados, é ano de Olimpíada no Brasil e o balanço será apenas o crescimento da receita da Conmebol.




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