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Zagallo chega aos 70 anos como único tetracampeão
Por Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
09/08/2001 | 00:44
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O maior vencedor da história do futebol brasileiro em Mundiais chega aos 70 anos nesta quinta. Não é Pelé, o Rei que completa 61 anos em outubro. Mário Jorge Lobo Zagallo, o Velho Lobo, é o aniversariante do dia e, pelo seu significado, o ’presente de grego‘ de quarta – a derrota do seu Flamengo para o Paraná por 1 a 0, no Maracanã – é irrelevante. Para a história, o que fica é o conjunto de conquistas. E que não são poucas: bicampeão do mundo como jogador (1958 e 1962), campeão como técnico (1970) e como coordenador técnico (1994). Na verdade, o único tetracampeão do mundo. Às quatro nobres conquistas somam-se outras importantes, como a Copa América de 1997, títulos estaduais e, recentemente, o tricampeonato carioca (1999, 2000 e 2001) e a Copa dos Campeões, que deu ao Flamengo o direito de retornar à Libertadores da América após oito anos.

É um vencedor como poucos no futebol, atributo que o acompanha desde o início da carreira, no América-RJ, no começo dos anos 50, antes de jogar por Flamengo e Botafogo.

Como técnico, carreira iniciada no clube que o marcou, o Botafogo carioca, mostrou a vocação ganhadora logo nos primeiros anos, com a conquista do bicampeonato estadual, em 1967/68. Na Copa do México, ao substituir João Saldanha, consolidou um arranjo tático que tornou a Seleção Brasileira imbatível. No entanto, em 1974, novamente como treinador, Zagallo não resistiu ao Carrossel Holandês, do técnico Rinus Mitchels.

A carreira continuou em clubes e no futebol árabe até a volta à seleção, para a Copa dos EUA com o amigo Carlos Alberto Parreira. Zagallo foi o escudo do técnico nas fases mais agudas. Em 1995, assumiria novamente a seleção. Ao ganhar a Copa América de 1997, na Bolívia, soltou a frase que viraria uma espécie de desabafo cotidiano: “vocês vão ter que me engolir”, numa referência a críticas de parte da imprensa. Em 1998, na França, mais uma final na carreira de técnico, desta vez perdida para os anfitriões. Zagallo pode não ser unanimidade nacional, mas é sempre lembrado para os instantes de crise do selecionado. Aos 70 anos, quem sabe ele não inclua outra Copa em seu currículo, a de 2002, na Ásia.




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