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Fidelidade partidária em Sto.André fica no discurso
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
02/09/2007 | 07:17
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Na teoria, a maioria dos vereadores de Santo André defende a fidelidade partidária. Poucos, porém, colocam em prática o discurso adotado.

Em uma Câmara razoavelmente nova – oito dos 21 parlamentares eleitos em 2004 estão em primeiro mandato –, nove vereadores já trocaram de sigla ao menos uma vez. As alegações são quase sempre as mesmas: falta de apoio da ex-legenda ou mudança ideológica destas siglas.

O campeão é Carlos Raposo. Em seu terceiro mandato seguido, já defendeu quatro partidos: PMDB, PSDB, PV e agora PP. Embora se declare favorável à fidelidade partidária, a compara ao casamento. “Como viver junto se você não consegue se dar bem com a outra pessoa?”, questiona. “É melhor procurar outro caminho se as coisas não se resolvem”, justifica.

Segundo vereador mais votado de Santo André na última eleição, Sargento Juliano (PMDB) avalia que as siglas, de um modo geral, estão enfraquecidas. “É complicado falar porque a maioria das pessoas vota no ser humano, não no partido. Além disso, se partido fosse bom, chamaria-se inteiro.” Juliano já acumula três legendas no currículo: PDT, PSDB e PMDB.

No primeiro mandato legislativo, Aidan Ravin, pré-candidato à Prefeitura em 2008, é o que mais mudou de partido na atual legislatura: três vezes. Eleito pelo PDT, foi para o PPS e hoje está no PTB.

Entre os que se mantiveram fiéis à legenda estão o vereador Donizeti Pereira (PV). “Não consigo me ver em outro partido. A fidelidade fortalece a instituição.”



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