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Secretário mente, diz sindicato dos funcionários da Febem
Por Do Diário OnLine
16/09/2003 | 11:18
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O presidente do sindicato dos funcionários da Fundação Estadual Para o Bem-Estar do Menor (Febem), Gilberto da Silva, chamou o secretário da Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, de mentiroso nesta terça-feira. Em entrevista à Rádio CBN, Silva disse que o secretário, “no mínimo, não conhece a Febem”, pois é mentira afirmar que a rebelião ocorrida nesta manhã no complexo do Tatuapé é “pontual”.

Chalita concedeu entrevista à CBN antes de Silva. O seretário disse que a “Febem do Tatuapé é uma unidade que vem dando certo” e que a rebelião desta terça-feira “foi pountual”. “Lá temos diversas oficinas pedagócias, de teatro. Eles estudam quase o dia inteiro. Não podemos esquecer que é uma coisa (briga entre adolescentes) que pode ocorrer em qualquer lugar”, afirmou Chalita.

Logo em seguida, Silva começou a entrevista afirmando que “o secretário Chalita mostrou que não conhece a Febem”. “Todas as unidades estão ‘batendo as grades’ (prestes a ter rebeliões, segundo explicou em seguida) e o problema no Tatuapé não é nem um pouco pontual. Ele (Clhalita) não fala a verdade. No período de greve só não teve rebelião porque os menores ficaram trancados nos quartos. Não é verdade que o problema é só em Franco da Rocha”, rebateu o presidente do sindicato.

Para Silva, Chalita está “só fazendo marketing”. “Falta tudo dentro da Febem. A verdade é que nunca tivemos uma verba tão grande como nesse ano e nunca faltou tanta coisa”, acusou. Segundo ele, a direção da Fundação trocou cerca de 90% dos quadros de funcionários e quem tem trabalhado são “esses com pouca experiência”. “Os antigos não estão indo trabalhar por orientação do sindicato. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que a segurança aumentasse e vamos esperar”, explicou.

Gilberto Silva também rebateu a declaração do secretário da Educação de que as unidades do interior e do litoral paulista são calmas e não têm registrado rebeliões. “É um inverdade. Em Bauru teve rebelião nesse ano. Um PM saiu com o queixo quebrado e um juiz corregedor foi agredido com pedradas. Em Rio Preto oito funcionários foram hospitalizados. Também houve rebelião em Ribeirão Preto e no Guarujá”, listou Silva. Ele realtou ainda que na unidade do Brás, que recebe os adolescentes na fase inicial, há 600 internos onde caberiam apenas 60.




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