Tem início hoje a 12ª, e provavelmente última, reunião do Fórum Nacional da Previdência Social, em Brasília. O desafio desse encontro é chegar a um consenso sobre temas polêmicos, como aumento do tempo de contribuição, novas regras de concessão da pensão por morte, entre outros assuntos.

As bancadas dos trabalhadores, empregadores e governo se reunirão em três dias seguidos, até quarta-feira e, caso seja necessário, o encontro se estenderá até quinta-feira.

O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, e o secretário de Políticas de Previdência, Helmut Schwarzer, participarão de todos os dias de reunião.

A grande dificuldade que as bancadas têm no Fórum é chegar a um consenso em relação a determinadas mudanças nas regras que, na ótica do governo, são essenciais para manter a saúde financeira da Previdência Social, mas que, na visão da bancada dos trabalhadores, representa perda de direitos sociais.

Um exemplo é a total desvinculação do índice de reajuste da aposentadoria do salário mínimo. Dessa forma, o reajuste aplicado a uma pessoa não seria, necessariamente, igual para outra.

Mas os trabalhadores temem que, se isso for aprovado, o aumento da aposentadoria corra o risco de ser menor, gerando perdas no poder de compra de aposentados e pensionistas, ao longo dos anos.

O tempo de contribuição e o fator previdenciário também têm sido objetos de discussão. O governo só aceita eliminar o fator se o segurado contribuir por tempo maior – hoje é 35 anos para homens e 30 para mulheres – e se for instituída uma idade mínima para a concessão da aposentadoria.