Setecidades Titulo Foram 48.569 pacientes
Covid-19 internou dois em cada 100 moradores do Grande ABC

Desde o início da pandemia mais de 48 mil pessoas precisaram ser hospitalizadas por causa do oronavírus

Por Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
15/04/2022 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


Pouco mais de dois anos desde o início da pandemia de Covid-19, o Grande ABC chega à marca de 48.569 pessoas hospitalizadas em decorrência do vírus, entre leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria em cinco cidades – com as exceções de Mauá, que não divulgou os dados, e Rio Grande da Serra, que não possui hospital. É como se dois a cada grupo de 100 moradores da região tivessem sido internados durante o período.

Desse total, mais da metade, 53,65% das internações, foram registradas em Santo André, considerando as redes pública e privada do município. Somente nos hospitais de campanha, instalados no Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, no Estádio Bruno Daniel e na UFABC (Universidade Federal do ABC), foram 19.824 pacientes internados desde o começo da crise sanitária. 

O andreense Roberto Barbosa Crispim, 60 anos, faz parte da estatística. O vendedor precisou ficar internado no hospital de campanha na universidade federal por uma semana devido a complicações do novo coronavírus. No fim de maio de 2021, Roberto começou a sentir alguns sintomas após ser diagnosticado com a doença e, ao realizar exames de tomografia, descobriu que estava com 50% dos pulmões comprometidos. 

“Não precisei ser entubado porque, mesmo com saturação abaixo de 80% (o índice considerado normal começa em 95%), fui melhorando dia após dia. Por ser transplantado de rim, estava com muito medo, principalmente porque via as reportagens mostrando o número de mortes subindo diariamente. Sou católico, rezei muito para sair daquela situação e hoje agradeço por vencer a doença. Já dava muito valor à vida depois que perdi um rim, mas após sobreviver à Covid o valor da vida dobrou”, desabafou. 

Atualmente estão internados 32 pacientes nas seis cidades. O número já foi muito maior. Um ano atrás a região vivia época em que foi registrado um dos piores picos da pandemia. Segundo dados da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, que usa como base as informações do governo do Estado, o dia com mais internações no Grande ABC ocorreu em 28 de março de 2021, quando foram registrados 1.258 pacientes hospitalizados em UTI em decorrência da Covid-19.

SEQUELAS 

A Covid pode deixar algumas sequelas nos pacientes infectados, pelo menos até 12 semanas a partir da contaminação. Segundo o médico pneumologista e infectologista, Enio Pires Studart, esse período pode ser caracterizado como covid longa e os principais sintomas para pessoas que tiveram quadro leve da doença são dores musculares, fraqueza, dores nas juntas e fadiga. 

Já os casos mais graves podem apresentar sequelas pulmonares, neurológicas e até hematológicas. “Pacientes que foram entubados, por exemplo, podem sentir falta de ar, ter saturação baixa e até casos de embolia pulmonar e trombose. Após os três meses de infecção é recomendado que seja feita uma nova avaliação médica, além dos cuidados já receitados, como alimentação saudável e prática de exercícios físicos ”, explica o médico.




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