A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apresentou na segunda-feira na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) o Mapa Estratégico da Indústria. O documento define 63 programas que envolvem governo, sociedade e setor produtivo para atingir metas de crescimento industrial, de alta de exportações e de redução do desemprego, entre outros indicadores, para os próximos dez anos.

Entre as metas do Mapa Estratégico estão o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) industrial para 7% em 2007 e 8,5% a partir de 2010; elevação da relação exportações/PIB de 18% em 2007 para 22% em 2010 e 30% em 2015; queda no desemprego dos atuais 9,7% para 9% em 2007, 7% em 2010 e 6% em 2015.

Segundo o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, o documento não é uma simples “agenda” setorial, mas aponta indicadores que deverão monitorar as ações e programas estratégicos para o Brasil alcançar um nível de desenvolvimento sustentável compatível com a plataforma global de competitividade.

O Mapa defende, por exemplo, a diminuição dos gastos públicos. “A CNI vê como positiva a busca do déficit nominal zero, desde que se constitua num esforço a ser empreendido até que a dívida pública seja reduzida a níveis mais confortáveis”, afirmou Monteiro Neto. “Hoje, essa dívida equivale a 52% do PIB, percentual muito elevado para um país com nossas vulnerabilidades”, completou.

Os programas, resultado de debates realizados pelo Fórum Nacional da Indústria, incluem a criação de mecanismos permanentes de consulta entre os setores público e privado, uma atuação mais forte na defesa da autonomia das agências reguladoras, utilização de novas tecnologias, ações na área de educação e saúde. Uma das inovações do Mapa é a criação de um sistema de gestão para acompanhá-lo.