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Geribatiba. Expressão esquecida na região. Mas perpetuada em antigos mapas.

O pesquisador Pedro Cordeiro, de Ribeirão Pires, envia estudo sobre a geografia do Grande ABC e destaca esta palmeira cuja denominação chega aos dias atuais praticamente em todas as nossas cidades citada como Jurubatuba

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
18/02/2022 | 05:43
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“Geribatiba, geribativa, jerubatuba ou ainda jurubatuba significam jerivá, palmeira nativa da Mata Atlântica, com o sufixo “tuba”, de abundante, muito, local onde há muita jerivá” (ou gerivá, juruvá, jiruvá, jurubá).

Cf. blog Confraria dos Caçadores de Imagens de Ribeirão Pires.

Pela estrada da Estiva
Texto: Pedro Cordeiro

Acidentes geográficos, fauna e flora, são exemplos de denominações de localidades. Um tipo de palmeira ou coqueiro, de densa proliferação na região, batizada pelos índios de Jeribatiba ou Gerivatiba, deu nome ao Grande ABC, juntamente com a Vila de Santo André da Borda do Campo.

Publicações citam a denominação Gaaguasú ou Caaguaçu. Já um mapa da Capitania de Vicente traz a denominação de Geribatiba.

Essa planta foi muito utilizada na Estrada da Estiva, que margeava o Rio Grande, muito antes de ser coberto pelas águas da Represa Billings.

Em trechos em que havia dificuldades em trafegar, o caule da palmeira, por sua durabilidade, era utilizado como forma de calçamento.

No mapa da Capitania de São Vicente, atribuído a Teodoro Sampaio, um panorama do período 1553-1597. Geribatiba, em caracteres menores, aparece junto a Santo André (da Borda do Campo), entre a Serra do Mar e São Paulo de Piratininga.

O mapa foi publicado por Isaac Grinberg num de seus livros, “História de Mogi das Cruzes”.

Crédito das fotos 1 e 2 – Foto e divulgação: Pedro Cordeiro

QUINHENTISMO. O mapa da Capitania de São Vicente com a expressão Jeribatiba; no destaque, o coqueiro Gerivá, ainda em grande número na região e na Serra do Mar

Em cartaz

Na expectativa da reinauguração do Cine Carlos Gomes, marcada para abril próximo, Memória folheia “Arte Revista”, a coleção de boletins que divulgava as atrações do mais antigo cinema do Grande ABC.

Estamos em fevereiro de 1953. Vocês já ouviram falar desses filmes?

Crédito das fotos 3 e 4 – Acervo: Carlos Manias Neto (em memória)

EM CARTAZ. Arte Revista número 18. Na capa, Rina Gigli; nas páginas internas, um filme carnavalesco, dois de aventuras e uma comédia romântica


DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Sexta-feira, 18 de fevereiro de 1972 – Ano 14, edição 1770

GENTE & NOTÍCIA – Chiquinho Palmério anuncia: vamos eleger a Boneca do Café. E informa: Santo André participará, em maio (de 1972), do concurso para a eleição da Boneca do Café 72, comemorativo ao 84º aniversário da Abolição da Escravatura no Brasil. Inscrições abertas.

NOTA – Meio século depois, em contato com Memória, Chiquinho lembra que, depois dessa notícia, a Redação passou a receber muitas jovens interessadas no concurso. As candidatas eram entrevistadas pelo próprio Chiquinho e fotografadas por João Colovatti.

SÃO CAETANO – Alberto do Carmo Araujo, o Giba do futebol e das transmissões esportivas pelo rádio e dos noticiários dos jornais da região, assumia a Divisão de Esportes da sua cidade.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Segunda-feira, 17 de fevereiro de 1992 – Ano 33, edição 7995

MANCHETE – Morre Jânio Quadros, 31 anos após a renúncia à Presidência da República.


Teatro de Mauá, 20 anos
A exposição “Teatro Municipal, trilhos através do tempo – 20 anos de resistência cultural em Mauá” foi prorrogada até 28 de fevereiro

EM 18 DE FEVEREIRO DE...

1917 – Autoridades policiais da região ameaçam se exonerar caso o delegado geral não modifique medidas com relação à requisição de passes para o transporte de praças e presos.

1987 – Manchete do Diário: choque de trens mata 54 pessoas na Estação Itaquera, em São Paulo.

Chuvas alagam os bairros Fundação e Prosperidade.

SANTOS DO DIA
Simeão, primo de Jesus.
Gertrude Comensoli
Flaviano
Bv. João de Fiesole

Falecimentos 

Santo André

Geraldo José de Souza, 88. Natural de Bragança Paulista. Residia no Jardim do Estádio, em Santo André. Dia 9. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

São Bernardo

Ida Luísa Medici, 92. Natural de Matão (São Paulo). Residia no bairro Cidade Nova, em São José do Rio Preto (São Paulo). Dia 10. Cemitério de Vila Euclides.

Olinta Pereira dos Santos, 90. Natural de Padre Paraíso (Minas Gerais). Residia no bairro Santa Cruz, Distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. Dia 11. Cemitério dos Casa.

São Caetano

Tânia Francisca Araujo, 88. Natural de Barra (Bahia). Residia na Vila Palmares, em Santo André. Dia 13. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Euclides Pereira, 81. Natural de Antonio Carlos (Minas Gerais). Residia no bairro Casa Grande, em Diadema. Dia 12. Cemitério Municipal de Diadema.

Mauá

Delonita Justiniano da Costa, 72. Natural de São Raimundo Nonato (Piauí). Residia na Vila Feital, em Mauá. Dia 9, em Santo André. Memorial Jardim Santo André.

Ribeirão Pires

Waldemar Candelleiro, 93. Natural de São Paulo, Capital. Residia no Centro Alto de Ribeirão Pires. Dia 12. Cemitério São José.
 




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