Diarinho Titulo
Imagem salta da tela
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
20/06/2010 | 07:06
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Mágica? Quase! A melhor palavra para descrever o 3D (três dimensões) é ilusão; é justamente isso o que essa tecnologia provoca no nosso cérebro. Para que o efeito seja possível, em geral, as imagens são filmadas ao mesmo tempo por duas câmeras especiais separadas.

Depois, são unidas para compor uma única gravação. Quando a vemos sem os óculos especiais, parece que está distorcida, como se a mesma cena tivesse duas imagens em posições diferentes (faça a experiência quando estiver no cinema). Os óculos certos fazem com que cada olho enxergue somente uma das imagens; o cérebro tem a tarefa de uni-las, dando o efeito de profundidade.

Além dos óculos e do equipamento de filmagem, a tela do cinema também tem de ser especial. Mas não é só isso. É preciso estar sentado e distante da tela para que o efeito em 3D seja percebido corretamente. Quem tem problemas de visão, como estrabismo (quando os olhos são desalinhados), também tem dificuldade em ver filmes em três dimensões.

O 3D não é invenção do século 21. Surgiu há muito tempo, com a criação do estereoscópio, no fim do século 19. Esse aparelho, criado pelo britânico Charles Wheatstone, permitia ver fotos em três dimensões. Com o passar dos anos, a técnica evoluiu, sendo levada para os filmes.

Na década de 1950, estúdios de cinema norte-americanos investiram nos primeiros longas em 3D, que não se popularizaram na época. Entre as décadas de 1970 e 1990, apareceram algumas produções; porém, mais simples do que as de hoje. A tecnologia só se firmou agora, principalmente após o fenômeno Avatar, do diretor James Cameron. Ao que tudo indica, o 3D veio para ficar.

Está na TV, no videogame e no computador
O 3D está invadindo tudo. Emissoras e fabricantes de televisores investem na tecnologia. Em fevereiro, a Globo transmitiu o Carnaval do Rio de Janeiro em três dimensões, mas apenas para locais selecionados.

 

 

Alguns países, como Estados Unidos, estão exibindo a Copa do Mundo ao vivo em 3D para as pessoas que têm aparelho com essa tecnologia. Cerca de 20 salas de cinema espalhadas pelas principais capitais do Brasil também estão transmitindo os jogos em três dimensões, mas só para empresas que compraram pacotes de ingressos.

Não vai demorar para a tecnologia chegar às casas dos brasileiros. A Sony já começou a pré-venda dos primeiros televisores, que virão com quatro óculos, filmes e jogos para PS 3. O preço é caro: R$ 13 mil o modelo de 52 polegadas.

Na internet, o 3D faz megasucesso. O YouTube já tem canal com muitos vídeos assim. As opções de games também estão crescendo. Entre os últimos lançamentos estão Super Stardust HD e Wipeout.

FAZ MAL?
Tem gente que pode sentir tontura, enjoo e dor de cabeça ao ver cenas em 3D. Isso acontece porque os olhos têm de acompanhar rapidamente a mudança de plano das imagens. Quem não consegue se acostumar, passa mal. A empresa Samsung, que também fabrica TVs com tecnologia 3D, recomenda a grávidas, idosos, pessoas com epilepsia e que tenham ingerido muita bebida alcoólica não assistir nada em três dimensões.

 


Toy Story 3 está em cartaz com essa tecnologia
O que acontece com os brinquedos quando seu dono cresce? Essa é a trama de Toy Story 3, que estreou nos cinemas no dia 18, com cópias também em 3D. Antes disso, no início do ano, os dois primeiros filmes foram relançados com essa tecnologia, que ainda não era utilizada em animação, quando Toy Story foi lançado há 15 anos, em 1995; o segundo filme veio em 1999.

Agora Andy está com 17 anos e vai para a universidade, com isso o caubói Woody e o astronauta deixam de receber atenção do garoto. Por engano, os brinquedos vão parar na creche Sunnyside e, ao contrário do que poderiam imaginar, as criancinhas de lá passam a maltratá-los. O Senhor Cabeça de Batata fica meio desmontado, enquanto os outros são pintados e quase destruídos.

Os dias na creche são terríveis. É aí que tudo se transforma. Eles bolam um plano para conseguir voltar para casa e ainda têm de enfrentar o ursinho Lotso, que aparentemente os recebeu bem no novo lar.

O filme garante boas risadas. Barbie e Ken, dois dos novos personagens, formam o par mais romântico e engraçado de todos os tempos. Buzz se destaca em uma das cenas mais divertidas, quando faz demonstrações em vários idiomas. Cenas de aventura e suspense surgem quando os brinquedos vão parar num lixão da cidade e correm o risco de virar material reciclado. No fim, eles descobrem que o mais importante é a união que há entre eles.

Vozes conhecidas
Quem assistiu HSM - Brasil vai reconhecer a voz do Andy e da Barbie de Toy Story 3. Andy foi dublado pelo ator Olavo Cavalheiro, e a boneca por Renata Ferreira, que formam o casal protagonista do filme brasileiro. Renata ficou feliz com o convite.

"Sempre adorei brincar de Barbie e ainda guardo minha coleção", conta a atriz, que fez curso de dublagem. "É mais difícil dublar do que atuar. É preciso encaixar a voz no tempo certo." A princípio Olavo iria dublar o Ken, mas mandou tão bem que ganhou papel maior, Andy. "Toy Story fez parte da minha infância. Foi uma honra participar."  (Nayara Fernandes, Especial para o Diário)




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