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Esquerdinha desfalca Azulão
Por Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
29/03/2001 | 00:21
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Depois de vestir a camisa do São Caetano por 74 jogos consecutivos (exatos 424 dias), um recorde no clube e talvez no futebol brasileiro, o meia Esquerdinha, 28 anos, desfalcará o São Caetano por pelo menos três longas semanas. Reconhecido pelo técnico Jair Picerni como espécie de termômetro no meio-campo do time, além de exemplo de atleta profissional, com atuações sempre acima da média no grupo, Esquerdinha teve delicada torsão no joelho esquerdo na partida do último domingo contra o Palmeiras, ao ser substituído por Gilmar. Esquerdinha estreou no Azulão no dia 23 (domingo) de janeiro de 2000, diante do Sãocarlense, pela Série A-2 do Paulista, e não saiu mais do time até a incômoda contusão diante do Palmeiras.

“A torsão foi numa dividida comum de bola, e a sua trava da chuteira encravou no piso, prendendo seu pé. Ele o virou e torceu o tornozelo. Existe uma pequena membrana que envolve o nervo articular, e terá de fazer um rigoroso tratamento. Mas não é nada grave”, disse o médico Paulo Forte, nesta quarta de manhã, antes do embarque do elenco para Atibaia, onde o grupo vai se preparar para encarar a Ponte Preta, domingo, no estádio Anacleto Campanella.

Além de perder Esquerdinha, Jair Picerni vai continuar sem o meia Aílton, ainda se recuperando de uma torsão também no joelho esquerdo. “O caso do Aílton é bem semelhante ao do Esquerdinha. Mas sua recuperação pode ainda demorar um pouquinho mais. Seria uma temeridade tentar abreviar seu retorno”, explicou Paulo Forte. Apesar de contundidos, Esquerdinha e Aílton viajaram para Atibaia objetivando uma recuperação mais rigorosa. Se tudo não bastasse, Picerni ainda terá mais desfalques de peso para enfrentar a Ponte Preta: o lateral-esquerdo César (na Seleção Brasileira) e o zagueiro Daniel, suspenso.

Mistério – Com tantos desfalques, o técnico Jair Picerni espera pelo coletivo de amanhã à tarde, em Atibaia, para definição de sua equipe. A delegação viajou ontem às 8h30 e pôde treinar forte na toca do Azulão (como é chamada) porque não choveu ontem em Atibaia. Os três dias em que o elenco ficará nas dependências do Hotel Park Plaza significam muito. “Todas as vezes que o grupo se concentra e treina lá, parece que tudo muda. Atibaia virou um amuleto para os jogadores, que se sentem muito bem lá. Todas as oportunidades em que respiramos aquele clima tranqüilo, voltamos revigorados”, explicou o diretor de futebol Genivaldo Leal, ontem no final da tarde.

Na chegada a Atibaia, Jair Picerni já começou o seu trabalho psicológico junto ao grupo. O treinador não mistura Paulista com Libertadores. Para ele, o time vai muito bem no Paulistão, busca seu espaço para a fase decisiva, enquanto na Libertadores ainda “resta uma esperança”.




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