A Academia de Gravação dos Estados Unidos anunciou na noite de domingo os vencedores deste ano do Grammy. A prestigiada premiação musical sempre tem como grandes favoritos artistas já renomados. Mas é interessante quando surpresas ocorrem.

É o caso dos canadenses do Arcade Fire, que desbancaram as apostas ao levar para casa o prêmio de álbum do ano. O belo trabalho do grupo com o disco 'The Suburbs' - o terceiro de sua carreira - deixou para trás estrelas do porte de Eminem, Lady Gaga e Kate Perry, além da elogiada banda Lady Antebellum. O Arcade Fire pode não ser tão popular quanto seus concorrentes, mas demonstrou que seu conjunto de obra pode ser superior a hits internacionais como 'Love the Way You Lie', 'Bad Romance' e 'Teenage Dream'.

A polêmica Lady Gaga não pareceu muito preocupada em perder o principal prêmio da noite. Sua atenção estava mais voltada a pressão de apresentar ao vivo para mundo a canção 'Born This Way', primeiro single do novo CD a ser lançado em maio. A performance não poderia ser menos chamativa do que já se é esperado das aparições da cantora pop.

O período sem drogas passado por Eminem foi positivo para sua vida pessoal e resultou no álbum 'Recovery'. Não à toa o trabalho o colocou como favorito na corrida pelos cobiçados gramofones dourados. Apesar de tudo, das dez indicações que tinha conseguido, o rapper venceu apenas em duas categorias, entre elas melhor álbum de rap. 'Recovery' é muito interessante, mas fica abaixo de outras obras da discografia de Eminem.

Um dos destaques da 53ª edição do Grammy foi Lady Antebellum. A banda comprova que o ritmo country agrada em muito os integrantes do júri votante, sendo que saiu da festa com quatro prêmios: gravação do ano e canção do ano pela música 'Need You Now' e de melhor performance country e melhor álbum country.

O Brasil não teve sorte. Sergio Mendes e Bebel Gilberto disputavam, independentemente, como melhor álbum de world music contemporânea, mas perderam para o norte-americano Béla Fleck.