Os técnicos da Receita Federal decidiram manter até o próximo dia 6 a greve da categoria, que terminaria segunda. A paralisação continuará nos dois Cacs (Centros de Atendimento ao Contribuinte) da região, em Santo André e São Bernardo, e nas agências de São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.

Nas unidades da região há um efetivo de 33% dos funcionários trabalhando, garantidos por liminar conseguida pela Receita Federal, mas que prestam atendimentos emergenciais, principalmente para gestantes, idosos, deficientes físicos e contribuintes em último dia de prazo para entrega ou retirada de documentação. No Grande ABC, os Cacs e agências da Receita realizam cerca de 700 atendimentos diários.

A categoria exige que o Governo Federal defina as atribuições dos serviços no texto da MP 258, que criou a Super-Receita, fusão entre a Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária. “Não tivemos nenhuma resposta do governo em relação as reivindicações e a categoria decidiu pela continuidade da paralisação”, afirmou Hamilton Mathias, delegado do Sindireceita (Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal) no Grande ABC.

De acordo com Mathias, a categoria também aguarda a votação da medida provisória 258 na Câmara dos Deputados. A MP precisa ser votada até 18 de novembro. Se não for aprovada até lá, perderá sua eficácia.