A integração do transporte público de São Caetano abrangerá todas as linhas até o fim do ano, mas mesmo a parte que já está em funcionamento é desconhecida por usuários e até funcionários do sistema.

Atualmente três delas operam integradas e a Prefeitura reconhece que falta divulgação do benefício para o munícipe, fato que começa a reparar a partir deste mês.

O sistema de integração funciona com o uso dos mesmos cartões de bilhetagem eletrônica adotado desde 2008 (Vipe Card). O tempo disponível para a baldeação é de 60 minutos.

O modelo adotado no passado era feito em terminais fechados, onde os passageiros desembarcavam de um veículo e embarcavam em outro. Agora, é possível pegar o ônibus integrado em qualquer ponto.

São Caetano possui sete linhas de ônibus, sendo que apenas Nova Gerty/ Santa Maria, Mauá/ Boa Vista e Santa Paula/ Boa Vista já estão com equipamento apto a computar a integração. "Implantamos em janeiro e analisamos o sistema para, assim, conseguir implantar nas outras. Até o final do ano a tecnologia estará em todos os ônibus e vamos investir em propaganda ainda este mês", disse o secretário de mobilidade urbana, Marcelo Ferreira de Souza.

O Diário foi aos pontos de recarga do Vipe Card, aos terminais e diversas paradas de coletivo do município. Alguns funcionários da área não sabiam nada sobre a integração ou passaram informação errada.

O motorista de uma das linhas afirmou que não percebeu a utilização do serviço. Apenas um usuário do transporte público afirmou que conhece o sistema. "No começo do ano peguei um panfleto e utilizo bastante a integração. Mas muita gente não sabe mesmo", disse o auxiliar de almoxarifado Fábio Antonio de Paula, 33 anos.

Já a dona de casa Mercis Aparecida de Moraes, 54, afirmou que pode estar usando a baldeação sem saber que não está sendo cobrada outra tarifa. "Todo mundo passa o cartão e não olha no visor. Devo estar usando e não estou sabendo. Não li nada sobre isso."

ITINERÁRIOS
Segundo o secretário de mobilidade urbana, os percursos também irão mudar. "As linhas fazem o mesmo caminho há anos. A cidade mudou, temos mais edifícios em alguns bairros, mais equipamentos públicos. O transporte precisa se adequar às mudanças. Está em estudo e até o fim do ano devemos ter a nova rota de todas as linhas em funcionamento", afirmou Souza.