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Doria pedirá verba federal para construir piscinão em Mauá

Equipamento integra pacote de cinco reservatórios previstos para minimizar enchentes no Estado de São Paulo ao custo de R$ 350 mi

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/02/2020 | 00:01
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Divulgação


O governador João Doria (PSDB) divulgou ontem que pleiteará R$ 350 milhões junto ao governo federal para construir cinco piscinões na Grande São Paulo, sendo um deles em Mauá. Os demais reservatórios serão erguidos em Franco da Rocha (dois equipamentos), Guarulhos e na Capital.

Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, a expectativa é a de que o equipamento da Bacia Alto Tamanduateí, em Mauá, fique localizado no Jardim Miranda D’Aviz e tenha capacidade de armazenar 100 mil metros cúbicos de água. O Grande ABC conta hoje com 19 piscinões estaduais, sendo dois deles em Mauá: Petrobras (800 mil metros cúbicos de capacidade) e Corumbé (105 mil metros cúbicos). 

O reservatório da Bacia do Rio Baquirivu, em Guarulhos, será o maior de todos, com capacidade para até 600 mil metros cúbicos de água. Já os piscinões da Bacia Juquery, em Franco da Rocha, terão 274 mil metros cúbicos e 92 mil metros cúbicos de volume. Na Capital, o equipamento será instalado na Bacia Pinheiros, com volume de 37 mil metros cúbicos.

O repasse destinado às obras antienchente será solicitado na próxima semana, quando Doria irá a Brasília. “Farei um pedido de verba a fundo perdido (recursos não reembolsáveis pelo governo federal) para dar seguimento em obras de cinco piscinões em São Paulo e Região Metropolitana. Dependemos de recursos federais. As obras são caras e longas. Temos a certeza de que o governo federal não vai virar as costas aos brasileiros de São Paulo”, disse Doria durante coletiva de impresa.

O governador também lembrou, em seu discurso, do projeto de construção do Piscinão Jaboticabal, que será erguido na divisa entre São Bernardo, São Caetano e a Capital. “Temos um outro projeto de construção do Ppiscinão Jaboticabal, esse já com recursos definidos pelo governo federal (R$ 315 milhões). Não é fundo perdido, é um financiamento para o piscinão que atenderá à Região Metropolitana de São Paulo”, afirmou.

Vice-governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia afirmou que ações integradas são fundamentais para minimizar a tragédia enfrentada durante as chuvas. “As mudanças climáticas estão atingindo as grandes cidades de surpresa. Difícil enfrentar a natureza em uma cidade como São Paulo, mas adotamos medidas para mitigar os danos”, afirmou.

Questionado sobre o governo do Estado ter investido apenas R$ 300 milhões de verba de R$ 759 milhões reservada para obras contra enchentes, Garcia disse que o recurso era irreal. “Esses R$ 700 milhões inscritos no orçamento de 2019 não existiam. Tínhamos um orçamento que não era real, investimos o dinheiro real."

O governo estadual prometeu liberar R$ 20 milhões para obras de recuperação em cidades mais afetadas pelas inundações que ocorreram na Região Metropolitana da Capital e também no Interior.

O governador, que estava nos Emirados Árabes durante o temporal que alagou a cidade no início da semana, disse que acompanhou de lá o problema. As fortes chuvas levaram ao transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros e paralisaram São Paulo. Em todo o Estado, várias cidades também foram atingidas. Pelo menos 408 pessoas ficaram desabrigadas, 1.528 desalojadas e sete morreram. (com Estadão Conteúdo)

Prometido em 2019, Jaboticabal será entregue apenas em 2022

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC

Prometido pelo governo do Estado há um ano e esperado para 2021, o Piscinão Jaboticabal só deverá ser entregue daqui dois anos, segundo projetou o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), autarquia responsável pela licitação do projeto. O aumento desse prazo se dá porque o governo João Doria (PSDB) adiou para o segundo semestre o início das obras do reservatório, considerado crucial para a redução das enchentes no Grande ABC.

O Daee havia projetado o começo das intervenções neste mês, com obras que durariam um ano e meio. A estimativa, portanto, era a de que o piscinão fosse inaugurado em agosto do próximo ano. 

O departamento informou nesta semana que manteve o prazo de entrega, mas não detalhou em qual mês iniciarão as obras. Porém, considerando que o reservatório começará a sair do papel em julho, o Jaboticabal passará a funcionar apenas em janeiro de 2022. 

Na quarta-feira, o Daee cumpriu nova etapa da licitação para seleção da empresa que tocará as obras. O departamento acolheu a documentação das empresas que apresentaram interesse no contrato, fixado em R$ 315 milhões. Ao Diário, a autarquia informou que três companhias foram habilitadas. Ou seja, podem seguir na concorrência – o próximo passo é a análise da documentação que atesta a capacitação técnica de cada uma. O Daae se negou a revelar os nomes das companhias. Em dezembro, na primeira etapa da licitação – entrega das propostas – o Consórcio Daee 004, formado justamente por três empresas (Compec Galasso, Construtora Metropolitana e Geossondas) ofertou o menor preço e foi pré-selecionada. O Daee também não divulgou o valor oferecido pelo consórcio para gerir as obras, mas o Diário apurou que o montante chega a R$ 100 milhões. 

>Localizado na tríplice divisa entre São Bernardo, São Caetano e a Capital, o Jaboticabal terá capacidade acumular 900 mil de metros cúbicos de água, o que beneficiaria 500 mil moradores.




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