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Nairo ameaça sair do Azulão; secretário diz não poder intervir

Presidente fala em abrir espaço para outra pessoa no comando e Beto Vidoski espera ao menos manter parceria

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
21/11/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O São Caetano está prestes a completar 30 anos, no dia 4, e pode passar pela maior mudança administrativa de sua história. Isso porque, após a conquista do título da Copa Paulista, sábado, no empate por 1 a 1 com o XV de Piracicaba, no Estádio Anacleto Campanella, o presidente Nairo Ferreira de Souza deixou em aberto a possibilidade de deixar o comando do clube.

À frente do Azulão desde a fundação, o dirigente se mostra desgastado na função. Por outro lado, já não é a primeira vez que ameaça deixar o cargo. “É momento de refletir, pensar no que vai fazer. Quem sabe vou para uma arquibancada gritar ''é, campeão'', cornetar, estou há 30 anos no São Caetano. Quem sabe dar para outro dar continuidade”, disse Nairo Ferreira de Souza à Web Rádio Master Esporte, pouco depois de se negar a falar com o Diário.

Os recentes problemas financeiros do São Caetano e o rompimento com o empresário Saul Klein parecem ter tornado insustentável a sequência de Nairo na presidência. Em vídeo, os jogadores denunciaram dívida de quase dois meses de salário e dois direitos de imagem, quitados na véspera da final. O dirigente, por sua vez, declarou que o atraso era de apenas cinco dias e ainda criticou a imprensa.

Vice-prefeito e Secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Beto Vidoski (PSDB) declarou que não a Prefeitura não pode ajudar diretamente o Azulão, mas buscará alternativas para que o clube não passe novamente por problemas como os vividos nas últimas semanas.

“Acho difícil conseguir, de certa forma, intervir em alguma situação, porque trata-se de empresa chamada São Caetano Futebol Ltda, com CNPJ independente. O poder público não pode fazer parte disso. A Prefeitura não pode colocar dinheiro. O máximo que podemos fazer é participar de qualquer reunião que formos chamados para ajudar na continuidade da parceria. É importante que o AD se mantenha firme porque é tradição. A gente tem obrigação tentar não deixar acabar”, afirmou o político. “Vou procurar o presidente para que a gente tenha total conhecimento do que está acontecendo. Precisamos projetar o ano de 2020”, emendou.

Atualmente, São Caetano e Poder Público têm relação no que diz respeito ao Estádio Anacleto Campanella, sobretudo na manutenção do gramado. Por essa relação, o secretário faz uma cobrança. “A Prefeitura não pode ser a última a saber da verdade”, concluiu o secretário.
<EM>Em férias, o elenco são-caetanense deve voltar ao trabalho na próxima semana. 




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