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Israel descarta decisões do 'Quarteto para Oriente Médio'
Por Da AFP
26/11/2002 | 11:19
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Israel não vai considerar nenhuma das decisões sobre o conflito israelense-palestino apresentadas pelo "Quarteto para Oriente Médio" (Estados Unidos, Rússia, ONU e União Européia) antes das eleições legislativas israelenses de 28 de janeiro, segundo uma fonte oficial, que pediu anonimato.

"Está descartada qualquer decisão definitiva do “Quarteto” antes do dia 28 de janeiro e da nomeação do novo governo israelense", disse uma autoridade da presidência do Conselho.

"Qualquer decisão tomada deverá levar em conta a linha do futuro gabinete de Israel, que vai depender dos resultados da votação", disse a autoridade.

Segundo a fonte, o primeiro-ministro Ariel Sharon recebeu garantias de Washington no encontro de quinta-feira com o embaixador dos Estados Unidos, em Tel Aviv, Dan Kurtzer. "Washington nos informou sobre sua vontade de fazer as discussões a respeito do plano avançarem, mas nos garantiu que não haveria formulação definitiva do mesmo antes das eleições de Israel", acrescentou.

O “Quarteto” trabalha na elaboração de um "cronograma" ou roteiro para tentar fechar um acordo de paz entre israelenses e palestinos. Entre seus objetivos, está a criação de um Estado palestino até 2005.

O gabinete palestino reunido em Ramallah (Cisjordânia) com o presidente Yasser Arafat aprovou este plano, com algumas condições.

O ministério israelense das Relações Exteriores, liderado por Benjamin Netanyahu, rival do primeiro-ministro na direção do Partido Likud (direita), informou na semana passada que Israel não vai discutir o cronograma depois dos últimos atentados suicidas.

A posição de Sharon é menos categórica. Ele disse que seu país tem "reservas" quanto ao novo formato do plano. Israel recebeu na semana passada uma versão revisada do plano, no qual se exige um compromisso "inadiável" em relação à criação de um Estado palestino independente.

Tal exigência vai contra as posições oficiais do Likud, apesar de Sharon não ter descartado a criação de um Estado Palestino com poderes muito limitados.




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