Sem desistir de reeditar a dobrada vencedora em Diadema em 2008, o prefeito Mário Reali (PT) recorreu ao chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para manter o ex-prefeito Gilson Menezes (PSB) como seu vice. O coordenador do PT no Grande ABC já iniciou tratativas para acolher o pedido do correligionário.

Na semana passada, Marinho se reuniu com o presidente estadual do PSB e secretário estadual de Turismo, Márcio França, para estudar convênio entre a Prefeitura de São Bernardo e a Pasta para ações turísticas na cidade. A possibilidade de continuidade de Gilson como vice de Reali esteve no cardápio dos caciques.

O objetivo é fazer com que o ex-prefeito de São Vicente entre na rota de negociações pela manutenção de Gilson. O socialista sofre depreciação no arco de aliados de Reali, que não veem em Gilson o nome ideal para aglutinar forças a favor do projeto de reeleição do petista. O ex-chefe do Executivo diademense por dois mandatos não goza nem de prestígio no PSB municipal.

No início da semana, Márcio França convocou o presidente do PSB de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, para dar respaldo a uma eventual candidatura própria socialista. Adelson, que comanda a Secretaria de Segurança Alimentar no governo Reali e também pleiteia ser vice do petista, admitiu que o partido pode ter projeto próprio caso o PT escolha vice de outra legenda. O socialista alega pressão de resolução partidária, que determina lançamento de candidatura a prefeito ou vice em cidades com mais de 200 mil habitantes.

Na sexta-feira, Adelson teve conversa reservada com o chefe de Gabinete da Prefeitura, Osvaldo Misso (PT), para traçar novas estratégias de convencimento do bloco governista pela continuidade de Gilson. A alta cúpula petista joga todas as cartas na continuidade do ex-prefeito.