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Chinaglia é o candidato de cinco partidos
Por Das Agências
01/02/2007 | 10:08
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Arlindo Chinaglia (PT-SP) é o candidato à Presidência da Câmara que obteve apoios institucionais dos dois maiores partidos na Casa. Em reuniões de bancada, PMDB e PT, além de PP, PR (fusão PSC-PL-Prona) e PTB, declararam preferência por ele para a eleição que ocorre nesta quinta-feira.

O deputado Geraldo Magela (PT-DF), um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, avalia que o parlamentar poderá ter entre 220 a 250 votos no primeiro turno. A candidatura foi viabilizada após um acordo fechado com o PMDB, segundo o qual o petista presidirá a Câmara em 2007 e 2008, e o PMDB, nos dois anos seguintes. Pelo critério da proporcionalidade das bancadas, adotado historicamente na Câmara, caberia aos peemedebistas indicar o candidato ao cargo.

Paulista de Serra Azul, Arlindo Chinaglia Júnior, médico por profissão, começa sua quarta legislatura na Câmara dos Deputados a partir desta quinta-feira. Seu primeiro mandato como deputado federal teve início em 1995. Por um ano (2001-2002), licenciou-se da Câmara para exercer o cargo de secretário de Governo da cidade de São Paulo na gestão da então prefeita Marta Suplicy (PT).

Chinaglia nunca teve outro partido além do PT, em que ingressou em 1989.  Entre 1992 e 1993, foi presidente do Diretório Regional do partido em São Paulo. Na Câmara dos Deputados, foi vice-líder e líder do PT e, desde 2004, ocupa a liderança do Governo na Casa, cargo de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O candidato petista tem em sua biografia várias atuações em associações e sindicatos. Em 1978, por exemplo, foi eleito, em São Paulo, presidente da Associação dos Médicos Residentes e Internos do Hospital do Servidor Público Estadual.

Chinaglia também foi membro da Direção Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo, vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos. Na CUT de São Paulo, também ocupou cargos de direção como secretário geral, de 1987 a 1988, e presidente, de 1988 a 1990.

Um dos temas mais polêmicos e que desgastou ainda mais a imagem do Congresso Nacional, já prejudicada pela série de denúncias em 2006 de deputados e senadores envolvidos em escândalos de corrupção, a proposta de reajuste salarial dos deputados e senadores em mais de 90% foi tratada superficialmente pelo candidato.

Em carta-compromisso enviada aos deputados com suas propostas para a Casa, Chinaglia disse que não há "temas proibidos" na Câmara e quer que o assunto seja amplamente debatido pela legislatura que toma posse hoje. Na carta, ele disse que deve haver um debate "breve, sereno e transparente" sobre o assunto.

O excesso de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Congresso também é criticado pelo candidato na carta . Ele defende, ainda, a necessidade de o Parlamento resgatar "prestígio e autoridade". Se eleito, Chinaglia disse que dará prioridade à tramitação de projetos que tenham origem no Parlamento.




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