O técnico Emerson Leão deixou a fama de durão de lado e comandou brincadeiras como pega-pega e vivo ou morto, com o objetivo de descontrair o elenco e prepará-los para o principal clássico paulista. É assim que os jogadores do Palmeiras e Corinthians classificaram o duelo entre os arqui-rivais no domingo. "Esse clima de descontração é bom para aliviar a tensão que envolve um clássico", disse o volante Corrêa.

As recreações acontecem no final do período, após muitos treinos de finalizações e jogadas de bola parada. Nas brincadeiras, os jogadores se comportam quase como crianças. No pega-pega, eles têm de correr para formar pares ou trios. Quem sobrar ou não cumprir a ordem de Leão, paga fazendo polichinelos. "O Daniel, o Diego Souza e o Warley são os que mais pagam", entregou o meia Juninho Paulista.

É com esses treinos recreativos que Leão promove a tão falada união do elenco. Antes de o técnico assumir, em julho, era comum surgirem picuinhas no grupo. O auge foi na época de Estevam Soares, no ano passado. "Hoje o grupo é muito unido. Todos brincam com todos. O ambiente melhora a cada dia. E isso se reflete em campo. O Leão tem o respeito do grupo e impõe respeito até aos adversários. Não é à toa que saímos da 16ªpara a quarta posição", destacou o meia.

Descontrair o time com recreações esta semana, porém, não é só uma estratégia, mas uma necessidade – Leão ainda não teve 22 jogadores disponíveis para comandar um coletivo de titulares contra reservas nesta semana. O primeiro apronto da semana será nesta sexta-feira pela manhã, com a volta aos treinos de Gamarra da seleção paraguaia e a reintegração de Gioino, que vinha reclamando de dores no nervo ciático. Com isso, Leão terá 21 jogadores de linha – antes, eram só 19.

Vale lembrar que o zagueiro Nen, o lateral Lúcio, o volante Reinaldo e o atacante Muñoz seguem no departamento médico. Além disso, sete atletas, dentre eles o meia Cristian e o atacante Cláudio, não treinaram terça e quarta-feiras porque estavam com o time B disputando um amistoso em Blumenau.