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Associação de artistas plásticos de colagem celebra 30 anos
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
06/12/2005 | 08:40
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Fundador da ABAPC (Associação Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem), o paulistano Robert Richard, 51 anos, sabe que chorar e reclamar não adianta nada na luta para divulgar a cultura brasileira. Arregaçar as mangas e trabalhar, isso sim ele sabe que dá resultado, mesmo que em geral ele seja demorado. Como 2005 foi um ano especial para a ABAPC, leia-se de muito trabalho e de realizações, o encerramento é à altura. No momento, são três as exposições coletivas em cartaz organizadas pela associação, todas em São Paulo e com entrada franca.

Enquanto projeto, a ABAPC existe há exatas três décadas. Há 25 anos foi registrada, e teve sede em Mauá por cerca de dez anos, cidade que foi trocada por São Paulo em junho passado. A conquista de um espaço expositivo fixo foi decisivo para a mudança da sede: em outubro de 2004, a associação oficializou uma parceria de ocupação por tempo indeterminado com a Parque Avenida Galeria de Arte (no edifício comercial Parque Avenida, em plena avenida Paulista).

Enquanto manteve a sede em Mauá, a associação promoveu muitas exposições não só nessa cidade, mas em todo o Grande ABC. Na região, no entanto, nunca conseguiu um espaço fixo para realizar exposições.

“A falta de apoio do poder público para a área cultural ocorre tanto em Mauá quanto em São Paulo. Na capital, no entanto, conseguimos um local fixo para a realização de eventos, sem depender de governos”, diz Richard.

Às 19h30 de terça-feira, a ABAPC abre na Casa de Portugal (tel.: 3342-2104) a mostra O Livro de Cabeceira, formada por livros-objetos assinados por 45 artistas. O vernissage é aberto ao público – é solicitada a doação de livros infantis e juvenis que serão revertidos para o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. Na estação Sé do Metrô está em cartaz Parapeitos – O Soutién, recriações da peça íntima feminina. Por fim, na Parque Avenida Galeria de Arte (tel.: 296-1925) tem Natal Arte, exposição de caráter comercial com cerca de 90 obras de 49 artistas, trabalhos à venda entre R$ 100 e R$ 1,2 mil. Artistas do Grande ABC estão representados nas três mostras.

Como a ABAPC não tem fins lucrativos, vale esclarecer que as atividades são mantidas sem que a associação disponha de verba fixa. “Dos artistas que participam de exposições na Parque Avenida é cobrada uma taxa para manutenção do espaço e 30% do valor das obras vendidas fica para a galeria. A associação depende ainda de patrocínios e de trabalhos prestados a terceiros, como montagem de exposições”, afirma Richard.

Além da mudança para São Paulo e de um ano à frente da galeria Parque Avenida, a ABAPC comemora em 2005 também a contratação de uma assessoria de imprensa. “Era um trabalho que precisávamos há muito tempo para divulgar nossos eventos. Só agora conseguimos”, afirma o fundador.




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