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Ministro israelense diz apoiar estado palestino desmilitarizado
Por Do Diário OnLine
02/07/2002 | 12:20
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O ministro da Defesa israelense, Benjamin Ben-Eliezer, afirmou nesta terça-feira apoiar a criação de um estado palestino desmilitarizado. A declaração foi feita após uma reunião do partido trabalhista em Tel Aviv.

"Eu digo que o estabelecimento de um Estado palestino desmilitarizado, vivendo em paz ao lado de uma Israel com fronteiras seguras e reconhecidas, é do maior interesse do governo israelense", disse Ben-Eliezer.

"Este Estado deverá cobrir a grande maioria do território da Judéia e Samaria (a Cisjordânia) e da Faixa de Gaza com acordos especiais para passagem", afirmou.

Ressaltando um ponto importante da disputa com seu parceiro na coalizão do governo israelense, o primeiro-ministro Ariel Sharon, Ben-Eliezer disse que a paz significaria o desmantelamento de alguns assentamentos judeus nas terras ocupadas por Israel na guerra de 1967.

"Eu não vejo problema em dizer hoje que o estabelecimento de assentamentos no coração da Faixa de Gaza e em locais isolados na Judéia e na Samaria, também por governantes trabalhistas, é um erro", disse ele. "Não haverá outra escolha a não ser retirá-los com um sistema de acordo de paz", acrescentou Ben-Eliezer.

Enquanto isso, tropas do exército de Israel continuam ocupando assentamentos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Os militares reduziram o toque de recolher em Jenin, permitindo que palestinos deixem suas casas entre 9h e 15h. Hebron e Belém já tiveram os toques de recolher amenizados. Mas centenas de milhares de palestinos continuam presos em Ramallah, Nablus, Qalqilya, Tulkarm e vários vilarejos e cidades menores.

Em Hebron, o exército de Israel invadiu uma faculdade politécnica e deteve cerca de 100 dos 300 estudantes da instituição. Apenas quatro alunos foram libertados após serem interrogados.

Membros do governo palestino também disseram que os israelenses detiveram outros dez palestinos em Hebron, durante a noite, incluindo o chefe da guarda nacional palestina, coronel Sharif Abu Mailek, que teria sido espancado antes de ser libertado seis horas mais tarde.

Desde setembro de 2000, quando começou o levante palestino contra a ocupação israelense, cerca de 1.431 palestinos e 548 israelenses foram mortos.




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